Sexta Sexxxy


Salve Povão! Começou o torneio mais osso duro de roer da galáxia, a Copa Libertadores da América. Um campeonato tão sem mãe que qualquer profetagem, por mais certeira que pareça, pode ir por terra em questão de segundos.

 

O Caneco-mor da América de Baixo pede mais que a paudurecência por mim já dita nesse site maneirão, mas não perdoa ingenuidade suicida de ninguém, nem da torcida. E que saiba disso a torcida do Vasco, que não pisava nas Libertas desde o tempo em que Michael Jackson levava as crianças pro rancho e o povo jurava que era pra brincar. Sim, o Brasil ainda era tetra e o Ronaldo era dúvida. Desde 2001 que ninguém da colina visitava a Argentina pra decidir a vida e tamanho jejum de comparecimento deu a torcida uma dose fatal de singeleza a ponto de pensar que seria moleza descer a porva no Nacional dentro de São Janu. Acordem, vascaínos!

 

Libertadores não é Sulamequinha e Nacional não é Aurora. Todo ser provido de senso de ridículo sabe que os deuses dos Andes, potestades encarregadas do bem estar do futebol sulamericano zelam pelo equilíbrio do torneio-mor e que qualquer sinal de exaltação, frenesi descontrolado é punido com chicote no lombo e mico internacional para o aprendizado de todos. Corinthians, Flamengo e Fluminense já sentiram na pele o ardor do cetro das potestades incas. Não se pode cometer vacilos quando o assunto envolve o místico caneco anti-São Jorge.

 

E a torcida do Vasco além do mico, cometeu outro erro no mesmo jogo e que pode ser capital. Hostilizou o treinador de tantas alegrias pouco tempo atrás. Ora, o cara é apenas um interino, defende um osso que não é só dele, não é treinador com carcaça grossa e certamente ainda flatula nos dedos quando vem a mente que aqueles gritos de Burro vieram ao fim da primeira derrota, do primeiro jogo, de um total de no mínimo seis, onde simplesmente escalou o time na mesma formação vice-campeã brasileira e campeã da Copa do Brasil com o adendo de escalar juntos Felipe e Juninho (o que seria imperdoável por parte da torcida caso não acontecesse). Agora, se o homem não mostrar que o instrumento endurece sobre pressão, tudo estará vascado, afinal Libertadores não tem tempo hábil para troca de treinadores – o que julgo, no Vasco, ser quase impossível de acontecer.

 

As equipes brasileiras que ainda jogarão devem compreender que se existe um momento para escorregar na batata, esse momento é a fase de grupos. Derrota em casa só acende o alerta após a segunda. Um vacilo at home todo mundo dá.

 

Nosso futebol está contaminado, acabou esse lance de sermos obrigados a varrer todo mundo, já era essa noia. A parada é compreender que 7 pontos em casa é digno de aplausos e 3 pontinhos fora já garantem uma vaga nas oitavas. Não precisam arrancar as calcinhas pela cabeça, até porque Wando is dead.

 

Molecadinha novinha e velhacos estressados precisam esquecer de tudo que outrora aprenderam sobre derrotas em casa. Fator campo em Libertadores só serve pra decidir pra qual lado o juiz vai tender em caso de laterais duvidosos e pênalti a favor. Libertadores todo jogo é fora e fim de papo.

 

Sorte aos brasileiros e bora manter o caneco aqui, afinal temos o futebol menos decadente da América Latina.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!
 


 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano


Sabe aquelas histórias que começam como apenas mais uma anedota interiorana e que no primeiro minuto já nos perguntamos quando irá acabar? Quando ouvi essa que irei vos contar não consegui pensar assim. A história é a vida de Joaquim Silva, Quinzil para os mais próximos.

 

Nascido numa pequena cidade do interior do Piauí, Joaquim Silva teve a infância sofrida da maioria das crianças nordestinas da década de 20 e 30. Filho de mãe costureira, nunca conheceu o pai que falecera pouco antes de seu nascimento e a figura masculina que teve ao longo da vida fora seu padrasto, Seu Ernesto, um bom homem, trabalhador, lhe ensinou a profissão de carpinteiro, mas costumava se exaltar na bebida e ficar um pouco agressivo. Embora Joaquim afirme nunca ter sofrido violência física de Ernesto, nem visto sua mãe passar pelo mesmo, sabe-se que os momentos de embriaguez de seu padrasto eram para ser esquecidos. Principalmente pelos maiores momentos de alegria da família que vinham sempre após vitórias do Botafogo carioca. Assim (por força da ocasião), a casa inteira era botafoguense declarada e fazia de tudo para que o rádio nunca parasse de funcionar.

 

Ernesto era alvi-negro roxo, daqueles que defendiam sua equipe até em bares inimigos, botafoguense ferrenho e costumava presentear seus enteados e filhos com sorvetes, bolas de gude e balas sempre que o Glorioso vencia. É difícil encontrar unanimidade de pensamentos num grupo de 12 irmãos, mas na família Silva uma coisa era unânime. Os anos mais felizes da vida desses nordestinos sem dúvidas foram a sequência de 1932 a 1935 quando o Botafogo foi campeão carioca por quatro vezes consecutivas. Segundo Joaquim sua coleção de gudes, na época, ocupara dois baús de madeira que ele mesmo fazia para venda, forma como ajudava no sustento da família.

 

No fim da década de 40 os Silvas vieram para o Rio de Janeiro na esperança de uma vida melhor. Joaquim, já com 21 anos maravilhou-se com a cidade maravilhosa, mas não fazia noção de que ali era a casa do tão querido Botafogo até ouvir numa conversa de padaria um cidadão dizer a um amigo que residia no bairro de Botafogo. Joaquim ficou louco com a associação e tão pronto pediu ao padrasto que o levasse ao seu querido Glorioso.

 

Ernesto também não dormia pensando na proximidade que estava de seu time, mas a falta de verba o impedia de levar 13 pessoas à visita, mas nada que um bom campeonato de sinuca não resolvesse. O já velho nordestino empunhou um taco, chegou a um bar e desafiou todos os cidadãos ali presentes que em caso de uma derrota apenas, ele daria tudo o que tinha no bolso, mas se vencesse todos queria 13 ingressos para o Botafogo e Vasco do domingo seguinte. Mal sabiam os desafiantes que Ernesto não trazia uma única moeda, mas como exímio jogador de sinuca que era tinha ciência do que estava fazendo. E ao fim da noite chega o homem em casa com um grande sorriso e gritando “Domingo tem Botafogo minha gente!”.

 

O dia mais feliz do ano demorou a chegar, a ansiedade tomava conta, os garotos pareciam pilhados e enfim pela primeira vez pisaram num estádio de futebol. Assistiram Botafogo e Vasco pela final do carioca de 1948 em General Severiano. Viram seu time ser campeão vencendo o apelidado Expresso da Vitória Vascaíno por 3 a 1 e Nilton Santos conquistar seu primeiro título.

 

O ano se passou, Joaquim se tornara o mais assíduo frequentador de estádio daquelas bandas, Ernesto já não era mais vivo, mas o ofício que ele o ensinara o ajudava agora a ganhar a vida. Fazendo placas, bonecos e escudos de time na madeira, Quinzil fazia dinheiro suficiente para comer, viver e ir ao estádio.

 

Mas algo faltava. Desde o início do Campeonato Brasileiro todos os cariocas já haviam vencido, menos o Botafogo de Quinzil. Aquilo não era admissível. Como o Botafogo, principal clube brasileiro na formação de seleções para as Copas poderia viver aquele momento? Não dava para acreditar.

 

No início do Nacional de 1995 Quinzil acreditava que agora poderia ser a vez. Já com 67 anos e um pouco debilitado, ele dizia aos quatro cantos que veria seu Glorioso campeão brasileiro no dia 17 de dezembro daquele ano (dia do jogo final), mas ele não contava com as presepadas da vida e voltando de uma viagem de carro acidentou-se gravemente e entrou em coma. Amigos, familiares, filhos, ninguém acreditava. Justo na melhor sequência em anos do Botafogo, Quinzil se acidentara. As economias eram poucas, senão o suficiente para pagar alguns meses na cara UTI de um hospital carioca.

 

O ano chegava ao fim, o dinheiro acabava, o coma era interminável e alguns já cogitavam a hipótese de desligar os aparelhos e evitar o sofrimento, mas um de seus irmãos deixou claro “Só desliguem após o Botafogo ser campeão. Ele tem que estar vivo nesse momento.” Todos concordaram.

 

17 de dezembro de 1995. O dia do polêmico Santos e Botafogo pela final do Brasileiro. A família de Joaquim estava reunida em frente à TV, afinal era isso que Quinzil faria. O jogo nem preciso comentar, sofrimento do início ao fim. Ao término da partida não dava para comemorar por muito tempo, era chegada a hora de ir ao hospital e por fim a dor de um grande trabalhador. A decisão era difícil, mas não havia nada que fazer.

 

Os médicos se dirigem ao lugar onde Joaquim estava, olham para a grande figura botafoguense naquela situação, dão um suspiro e caminham em direção ao aparelho. Quando ouvem um grito desesperado “E o Botafogo, é o campeão?”. A junta se estremeceu. “Responde, é ou não?”.

 

Ninguém acreditava. Como ele acordara, por quê, e como sabia a data? Muitas perguntas, um assombro e uma felicidade. Quinzil estava vivo e ainda teve tempo de reconhecer um dos médicos, companheiro de boemia para sacanear – o médico era flamenguista.

 

A família quase não acreditou, pensou ser piada ou espasmo do velho Quinzil, mas não. O cara estava vivo e muito vivo.

 

Dali Quinzil saiu, seguiu sua vida, comemorou horrores o campeonato vencido pelo Botafogo, tomou o maior porre do eixo Rio-Piauí, continuou carpinteiro e botafoguense. Hoje o velho já soma 84 anos bem vividos e diz ao mundo que deve a vida ao Botafogo. Na verdade existem três versões finais dessa história. A dos médicos, a dos familiares e a do Quinzil. Pra mim, bastou a versão do Quinzil.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!

 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano


Salve galerinha bandeiraduense! Essa semana resolvi inovar em meio a esse bombardeio midiático de notícias fúteis que estamos sofrendo. Tudo isso me deixou sem inspiração para mandar uma letra legal, mas como quem tem amigo não morre pagão se divirtam com um bate-papo especialmente feito pra vocês com meu brother semi-salvo Thadeu Valadão (o vascaíno da foto), blogueiro do Vascaínos S.A. Cara de responsa que assim como eu só bebe Skol se a outra opção for Kaiser. Bora pro que interessa.

 

Falaê Thadeu, essa é minha casa em São Paulo, sinta-se a vontade, bote o pé pro alto e saiba que aqui não tem praia, mas o povo é responsa. Eu podia te matar no lenga-lenga, mas vamos falar apenas do que interessa – time grande, Cariocão e Paulistão. E o Corinthians 2012, é essa Coca-Cola toda?

 

Meu amigo Jo Mariano, o Corinthians 2012 ta mesmo com cara de ser uma verdadeira Coca-Cola, o que pra nós cariocas significa dizer que vai fazer uma graça mas no fundo é só pressão. Um time que paga uma fortuna pelo Adriano se reforçar contratando Élton, não pode ser campeão de nada.

 

De fato Thadeu, mas os caras tem 95 atacantes. Se tudo der errado mete o Adriano na zaga e fechou. 2 metros de zagueiro. O que não é pode é continuar levando pressão de Portuguesa e Mirassol. Mas diz aê, esse Élton não é o ídolo do Vasco da geração Sentimento que não para 2009? Cuspindo no prato, Thadeu?

 

Cuspindo no prato? Atacante que faz 15 gols em 400 jogos, mas não encontra no elenco alguém que faça 17 leva fama de artilheiro. Élton foi atacantezinho que quebrava um galho e nunca foi o preferido da imensa torcida bem feliz. Pra variar, saiu metendo marra dizendo que no Coringão a estrutura é melhor. Sei não, mas no Rio ele jogava em casa.

 

Mas voltando ao Coringão, tem que esquecer o titulo brasileiro e focar nesse campeonato paulista, que é bastante disputado. Se perder pra time pequeno fica bem difícil.

 

De fato Thadeu, o Élton é super abaixo da média. Daqueles que o Málaga vive te oferecendo nas negociações da Master League. Fato é que após o 3º gol perdido vai ser sequestrado pela Fiel e abandonado às margens do Tietê só se sunga, mas ainda assim, tendo Élton, Adriano 90 kg acima do peso e meio time inútil não vejo o Corinthians como esse Mil Cola que se apresenta. Acredito que o Corinthians ainda dispute alguma coisa, afinal quem enfrenta o Botafogo todo ano como nós sabe bem o que é uma equipe triste de jogadores deprimentes. Tô errado?

 

Ta nada. O Botinha carioca é daqueles times que só tem jogador coadjuvante. Os caras se dizem estruturados e prontos para contratar reforços,mas na hora do vamos ver contratam o Andrezinho. Uma equipe não pode ter em seu técnico a maior estrela. Eu sinceramente não entendo como ainda pode existir botafoguense com menos de 60 anos.

 

Já ouviu falar em Herbalife? Os poucos botafoguenses existentes virarão velhacos que vão viver até os 150 anos. O que é muito ruim, porque são mais anos tendo que aturar o Botafogo jogando pinball no esquema 9-0-1 onde o zagueiro mais grosso do milênio lança de sua área a bola na cabeça do Loco Abreu na esperança do gol. Mas… porque estamos falando de Botafogo? A parada era falar de time grande e de campeonatos maneiros como Carioca, Paulista, Goiano…

 

Sério cara, você como um exímio gato-mestre do lado bonito da Dutra, topa eternizar nesse espaço um palpitão de mico pós-pré-temporada do ano? Pode ser um jogador, um time ou os dois. Eu arrisco o Botafogo como mico do semestre por não conseguir faturar o Carioquevisk sendo que geral dos grandes vai de time B e os pequenos já entram de time F, e o Adriano mais uma vez será a bola da vez, literalmente. Dá seu palpite aê.

 

Te confesso que quando paro pra pensar em mico pós-pré-temporada sinto um certo frio na espinha. Mas como acho que esse ano vou passar o troféu já digo logo que na minha opinião o mico virá das Laranjeiras. Toda vez que o Flornimed atravessa uma negociação, papai do céu vai lá e vinga geral. To achando que o machão Thiago Neves será junto com seu fluzeta a maior pagação de mico já vista pelas bandas de cá.

 

Flornimed foi ótimo, agora tu se superou! Mas vou te confessar que minha vontade era apostar que o Corinthians fosse fazer as honras de me matar de rir, mas como a gente é do lado de cá, vizinhos do oceano, nossas mulheres são bronzeadas e vivemos num lugar que não é 100% sombra preferi repartir a bagaça e deixar um pedaço da jeba com o Botafogo. Porque se eu falar que o Campeonato Paulista é tão fraco -ou pior- quanto o Carioca e que ficar levando coco dos pequenos lá é tão ridículo quanto perder pro Boa Vista aqui tá arriscado sair uma van de São Paulo e fazer um atentado de merdas do Rio Tietê contra a minha casa. Em pensar que geral tá cansado de saber que a diferença do Paulistão pro Cariocão é que nós somos poupados de ter que ouvir o Neto comentando. Menti?

 

Mais uma vez vc está coberto de razão. O carioca além de mais charmoso e engraçado, graças aos dinossauros que aparecem por aqui nessa época do ano, é também um campeonato mais difícil. Duvido que o Santos, único time paulista que ainda joga bonito, consiga ganhar do Bangu naquele calor de 68 graus que já estamos acostumados a enfrentar.

 

Engenhão ,4 da tarde, pulando no sol? Duvido que a Fiel aguenta. E tu falou a verdade. Não é todo estado que tem Zagallo detonando, Joel Santana pintando, jogador tocador de bronha na net e os penteados mais inusitados do futebol (vide Fábio Ferreira). O campeonato sofreu sim uma depreciação ao longo dos anos, mas existem de fato situações cabulosas que só se vê no campeonato da Maravilhosa City.

 

Mas cara, papo vai papo vem, bate-bola tá maneiro, vendemos legal a farofa do Carioquevisk, porém não dá pra estender muito a bagaça. Então o que quero mesmo é agradecer muito sua participação aqui nessa casa paulista que comprei ano passado e pra fechar, manda aí seu palpite de campeão e vice do Paulista e do Carioca que é pra geral ver que vascaíno fica em segundo até no campeonato de profetagem.

 

Eu não ia sair sem te dar uma cutucada né seu vice forever?. Tá acortado né? Porque cutucada dormindo dá merda. Valeu cara, tamo junto!

 

Esse negócio de cutucar é papo pra Fred e companhia. Mas esse papo de vice até a Luiza que estava no Canadá já sabe que é mimimi de mulambo. De qualquer forma, eu que tenho muito a agradecer a oportunidade de mandar uma letra pra turminha que vai ao cinema em tardes ensolaradas. E me despeço dizendo que meu Vascão vai faturar o cariocão deixando os rubro-negros com cara de palmeirense.

 

E no Paulistão o São Saulo vai fazer o Neto chorar de raiva com um gol do Ceni na final. Já viu que na arte de palpite eu mando até o artilheiro da final né! Cara, foi mesmo um prazer. Forte abraço e conte sempre comigo!

 

Não fode, cara. Mengão campeão, Vasco vice e fim de papo. Artilheiro da final… Vê se pode. Chamo o cara na humilde e o cidadão tira onda.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 


 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano
Anuncie aqui


Salve galerinha bandeiraduense! Sei que todos nós do eixo Rio-Sampa, únicos brasileiros sagazes o suficiente para colocarem nossas equipes na Libertadores, estamos um tanto quanto ansiosos quanto ao que veremos no campeonato mais casca grossa do mundo que vale um caneco mais doloroso que ripa do Biro-Biro.

 

Esses dias num de meus altos papos com meu brother semi-salvo, blogueiro do Vasco da Gama, Thadeu Valadão, conversávamos sobre a falta de testosterona das equipes brasileiras na disputa da Liberta. Nossas equipes entram preparadas na bola, altamente bombadas, cheias de gás, mas na primeira porrada no focinho, ou mostram a calcinha ou dão chilique e perdem meio time. Porra, Libertadores é campeonato pra cabra macho, tem que ter aquilo roxo e disposição pra levar dedo na cara e cusparada. E mais, brasileiro tem que sair do Brasil sabendo que lá o juiz é deles e aqui o juiz é de ambos, e que mimimi de reclamação com juiz só serve pra levar amarelo e pendurar a zaga. Somos o único país a disputar o Caneco-mor da América de Baixo que não fala espanhol, logo o diálogo fica tenso, exige mais gesticulações e consequentemente a má interpretação do árbitro de que você o está mandando se foder de verde e amarelo.

 

Time brasileiro que leva a Libertas tem que ser como o Flamengo de 81, que levava pedradas e golpes de punho de Mário Soto, ou o Vasco de 98 que já treinava com um jogador a menos pra saber lidar com os jogos fora de São Januário, ou o Grêmio de 83, que mesmo sendo do sul tinha um time macho pra caralho e que não abaixou a cabeça nem a voz pra gringo nenhum. Sei que vocês estão se perguntando: “Mas o São Paulo ganhou três e de macho não tem nada.” Ok, mas o São Paulo tanto na década de 90 quanto no início dos anos 2000 tinha uma base que até dormia junto (ui), logo o entrosamento era quase utópico e nenhuma equipe brasileira hoje classificada pra Libertadores possui.

 

Libertadores é um bolo estranho de receita duvidosa, mas quem arriscou e fez deu certo. Pra faturar a bagaça tendo apenas uma fratura exposta é necessário um time competitivo, experiente, um ataque que saiba dar porrada e principalmente, ESQUEÇAM ESSA PORRA DE FAIR PLAY. Acreditem, o Boca Juniors não irá colocar a bola pra fora se seu goleiro chocar de nuca com a trave, e a La U certamente estará ganhando de 3 a 0 quando resolverem parar para seu lateral amarrar as chuteiras. Fair Play, só se estivermos ganhando.

 

Foda-se se o atacante perdeu um dente, ou todos os dentes, ou se a patela do zagueiro enterrou no fêmur, ou se o meia teve parada cardíaca. Quer parar o jogo? Relaxa, que quando eu fizer um gol a bola volta no meio. Tem que parar de gracinha de ficar pagando de bonzinho. O Santos é a prova de que o bonzinho de hoje é o otário de logo mais. No Mundial, levou baile, não encostou na bola, agiu no mais genuíno fair play e viu o troféu de fair play ir pras mãos do Puyol. Bonzinho é meu ovo esquerdo no inverno.

 

A receita está dada. Se quiser ganhar a Libertadores tem que ser macho. Time que paga de correto e só quer ganhar na bola, se fode e vira piada além de nunca conquistarem o tão almejado caneco. Perguntem pro Corinthians.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!
 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano


Salve povo bandeiraduense! Tava com saudade de mandar minha letra nesse espaço maneirão da terra da garoa que me recebeu com o maior carinho. E o ano começa bem diferente de como o passo terminou – pelo menos desportivamente falando. 2011 terminou naquele frenesi, altas especulações, profetamentos, visagens e maravalhas midiáticas aos montes e começa com uma Copinha de Juniores tão chinfrim quanto os estádios e maqueiros que a coadjuvantizam.

 

Geral cansa de saber que esse campeonatinho só começa a valer alguma coisa na final e só temos certeza de que realmente valeu alguns anos depois, se algum daqueles moleques conseguirem suar sangue entre os profissionais, onde a botinada é firme e chororô punido no chinelo. Felizmente o mundo não é só futebol e ainda podemos chorar com a Fórmula 1, o campeonato de NERDS mais conhecido do mundo – sim porque aquilo é uma batalha tecnológica onde vence o melhor carro e pouco conta quem é o piloto.

 

Falo isso da maior categoria automobilística do mundo porque sou das antigas, do tipo que torcia pra marcha do cara quebrar só pra ver se ele tinha frinfa virgem igual o Senna pra levar a charrete no braço com o burro jogando contra. Dos tempos em que Fórmula fazia meu tio chato acordar cedo só pra poder mostrar como entendia da bagaça, de quando a diferença entre carro da Lotus e da Maclaren eram os pneus secos ou de chuva. Hoje a Fórmula 1 virou uma boiolagem dos infernos, com pilotos cada vez mais maricas, num ambiente onde idade, experiência, juventude ou fodice-nata nada contam. Basta ter um carro pica nas mãos e bora esperar a corrida acabar pra gente comemorar.

 

Barrichello é um cara das antigas que vem sofrendo por ter gordura numa briga de cidadãos de óculos enormes, velhos gagás e empresas capitalistas. Tá certo que numa de escala de lambari à tubarão, Barrichello é um bagre (e não apenas a cabeça), mas tem muito peixe beta tirando onda por aí. Nada contra a nacionalidade dos caras, mas na minha humilde opinião lugar de japonês é elaborando aerofólios e lugar de indiano… na Índia. Nada a ver ficar colocando filhos de donos de carvoeiros asiáticos pra correr. Nada a ver.

 

Mas não creio ter sido a indústria carvoeira asiática o demônio da vida do Rubinho, mas creio que ele tenha cometido o erro capital do Broxa n° 2 do texto da inimaginável Pimenta Picante, onde ela deixa claro que “come mais quem come quieto”, e o Rubinho falou demais e por muito tempo. Perdeu a chance de mostrar que era bom mesmo na inativa. Agora terá que suportar um qualquer ocupando a vaga de um cara dinossauro da Fórmula 1 como ele simplesmente por conta de um chilique coletivo da velharada da pôquer.

 

Rubinho é azardo, é o antônimo do Zagallo e de tão pé-frio resolveu mostrar suas habilidade justamente quanto tinha Michael semi-deus Schumacher como companheiro de equipe, e aí…

 

Porém, fato é que enquanto o ano esportivo não começar, tudo não passará de especulação e qualquer certeza não passará de profetagem. Falam até do Bruno Senna na Willians, mas pra mim, de Senna, ele só tem o nome e o apoio do Galvão Bueno. Só torço de novo pra Fórmula 1 quando uma empresa brasileira colocar um carro lá. Aí sim. Porque se a batalha já escancarou ser tecnológica, prefiro guardar minhas energias para uma equipe brazuca e seu carro de madeira reflorestada movido a etanol.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!
 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

Anuncie aqui
plugins premium WordPress