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Povo bandeiraduense que fortalece essa coluna futebolisticodesportivo a vera, confesso estar boquiaberto e deveras chateado com o acontecido hoje pela manhã em Yokohama. Que o Barcelona é um grande time, fantástico e dificílimo de atropelar todos estamos carecas de saber e não é isso que me aborrece. O que me deixa em ponto de ebulição é a vergonha mundial que o time da Calopsita nos fez passar para todos os habitantes do 3º planeta. Porque desde que comecei a escrever nesse site paulista e até mesmo em meu blog pessoal super-fodão que arroto nível guaraná de festa que o Brasileirão é pra quem tem ferramenta e não trabalha a meia-bomba. Então, como fica o seu, o meu, o nosso prestígio ao ver a equipe que ganhou, empatou ou perdeu dando sufoco em nossos times sendo humilhada, assediada sexualmente pra uma bando de dançarinos flamencos que não enfiam 4 ovos nem no poderosíssimo Gijon?

 

Em pensar que coloquei meu aparelho de som ultra possante pra me despertar às 8 da matina afim de ter tempo suficiente de preparar o sucrilhos, o suco de caju e todas as guloseimas características da matina do sábado constantino e tudo o que vejo é um time jogando com o handicap no máximo e o outro todo de setinha roxa e lesionado. Verdadeiros players 2. Pobres santistas, deu nem pra torcer. O time do Paucelona socava com raiva e parecia fazer um jogo treino contra os reservas do Cirque du Soleil e ao fim do primeiro tempo fez toda a América que sonhou faturar a Libertadores 2010 levantar aos mãos ao céu e uníssonos entoarem “Obrigado Senhor, poderia ter sido conosco”. No Parque São Jorge, bandeiras de agradecimento ao Tolima viam-se aos montes, enquanto nas Laranjeiras o Fluminense agradecia a porrada trazida na bagagem da Argentina – que é melhor do que o King Kong trazido pelo Santos.

 

De verdade. Nunca antes na história desse país viu-se tamanha piaba at world. Eu, babaca pra cacete como meu brother semi-salvo Thadeu Valadão (blogueiro do Vascaínos S.A), torcia para uma vitória do Barça, mas juro que no decorrer do jogo começou a dar pena. Aliás, no andar da partida minha veia judaico-profética tentava uma conexão com Montevidéu para tentar imaginar do que os caras do Peñarol estariam xingando a mãe de cada um dos jogadores santistas. E não seria por menos, afinal ir pro Japão pra virar piada é no mínimo putaria.

 

E a equipe uruguaia dificilmente venceria o time espanhol, mas de 4 nem meu Mengão – que só levou 4 da La U porque o time não estava afim de ir pro Chile – levaria. A velha e clássica porrada inicial no craque adversário dada por aquele volante que sempre sai no segundo tempo, toda e qualquer equipe com o mínimo de malandragem teria dado. A botinada que janta bola, grama, canela e tornozelo rende simultaneamente um cartão amarelo ao agressor e um amarelamento pessoal ao agredido, no caso Messi. E evita (com selo e garantia do INMETRO) gracinhas posteriores.

 

O fato é que o Santos apresentou um futebolzinho das várzeas do Nordeste, Neymarra nem encostou na bola, Ganso mostra-se afogado e além de uma aula de futebol, o Socacomraivacelona mostrou outra coisa valiosa ao mundo. Se for disputar o Mundial, não é vergonha nenhuma ir com um time com mais de 3 jogadores decentes e mais novos que o Zagallo. Aliás, é bom e evita virar charge e manchete de mau gosto no Olé, que deve estar mais feliz que cafetão em festa de bordel.

 

Revoltado com a queda mais abrupta que a do Avaí de nosso mercado futebolístico na bolsa de valores e ciente de que não mais nos veremos até o início de 2012 por conta da paralisação de férias que todo mortal vacinado e bem instruído tem direito, desejo a geral que ficou na Série A um Feliz Natal e um Ano Novo de felicidades e de muita bebedeira –eu disse MUITA. E ao Santos… Porra Santos, vocês arrebentaram com a nossa vida.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano
12
dez
PUTOKIO PARIU


Salve povo bandeiraduense que se delicia a vera com essa interface nova e super maneira desse site que além das fontes novas ainda conta com um bonequinho super sacana a te cobiçar na cara grande sempre que encarado nos olhinhos. Sei que, assim como eu, vocês sentem uma falta absurda e já entram na fase de abstinência do Campeonato Brasileiro, que de tão longo e interminável entra pra família. Mas não se preocupem, temos aí o Mundial de Clubes disputado por um monte azarões estilo Figueirense 2011, Santos e o tal Barcelona – que não julgo ser essa Coca-Cola toda.

 

O time comandado por Guardiola é indiscutivelmente a melhor equipe da Europa, oriente-médio e confins da Terra, porém garanto sob aposta milionária que se disputassem nosso Brasileirão Soca Com Raiva estariam naquelas crises onde a torcida balança dinheiro e chama o craque de pipoqueiro, nesse caso Messi. Que o argentino é bola pra cacete não podemos cometer a insanidade de negar, mas contra Getafe, Gijon e mais dezenas de Atléticos e Madrids que não fazem nem cócegas até mesmo o pavoroso time do São Paulo num mistão com o Botafogo e a zaga do Cruzeiro tiraria onda e praticaria o ato exterminador de moral de fazer miséria sem olhar pro cadáver e desejar boa viagem. Os campeonatos inglês, espanhol, italiano e de todos aqueles países, cujo capitalismo sentencia a pedir esmola na beirola árabe petrolífera em questão de tempo, não possuem (somando todos) 10 equipes que dê um suador em nosso rebaixado América-MG. Sempre endinheirados, esbanjadores e montadores de seleções, tais equipes só fazem bonito e faturam mundial aos montes porque os brasileiros raramente lá chegam – culpa de nossos rivais sulamericanos e não deles.

 

É a única explicação cabível para que em quase um século de profissionalismo do soccer brazuca tenhamos apenas 6 equipes que foram pro Japão e voltaram com o caneco na mão. O futebol penta-campeão do mundo necessita urgentemente, por uma questão de sobrevivência, aprender a discernir campeonato estadual, de nacional e Libertadores. O caneco-mor da América de baixo pede uma dose de filhadaputismo 90 minutos por jogo. Não se ganha Libertadores apenas na bola. Catimba, pressão da torcida e porradaria com a finalidade de desestabilizar o adversário são tão fundamentais quanto saber cobrar pênalti, tabelar dentro da área e não tomar gol de escanteio. Tá certo que a nossa seleção há pelo menos 5 anos vêm mostrando uma decadência quase uruguaia, mas não podemos associar tal vergonha ao rendimento dos times da terra dos pikas do futebol.

 

Vejo a Universidad de Chile meter chinelada no caríssimo Flamengo, passar na maciota sobre o embaladíssimo Vasco, LDU entrando pro livro dos algozes tricolores, Tolima fazendo busto de bronze em cima do Corinthians e me pergunto qual o antídoto para impedir que esses pelas-saco continuem nos alisando como se aqui fosse a casa das primas. Nosso campeonato é o mais terrivelmente assustador da Via Láctea, ídolos mundiais tremem na base quando pensam que irão mitar e vêem Kempes abrir o placar logo aos 5 minutos, a imprensa mundial se lasca na profetagem quando inutilmente arriscam palpites sobre o campeão antes do torneio começar e esses tataranetos maias, astecas, sem título mundial e de seleção que faz clássico com a Bolívia pegam nossos times e machucam como se fosse a coisa mais habitual do planeta.

 

Passou da hora de mudarmos esse conceito e entender que Brasileiro sem Libertadores é como Libertadores sem Mundial. É comprar o doce, lambê-lo e ser roubado. Só serve pra dar água na boca e servir de escárnio pro vizinho. O projeto Tóquio fundado pelo Flamengo em 1981 carece de ser reintegrado às mentes brilhantes dos dirigentes brasileiros a fim de que corriqueiramente nossos clubes tenham estampados em suas camisas aquele logo violentão de campeão mundial que cala os rivais por pelo menos 365 dias.

 

O Santos disputa essa semana o Mundial de Clubes e esperamos que mesmo o time sendo velho e tendo apenas dois craques muito acima da média e um centro-avante assustadoramente matador, consiga não “colorar” como o Internacional ano passado que perdeu para um tal de Mazembe – time com nome de ritual afro para ressurreição de sogra – e, ao contrário dos vermelhinhos da Província Cisplatina, possa voltar com esse caneco pra terra do samba, porque outro Mundial de presente pro Barcelona será no mínimo patético.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano


Até que enfim terminaram as 958 rodadas do Nacional e alguém decidiu finalizar a peleja que parecia nunca findar. Como sempre, venceu o melhor time da competição. Certamente muitos dirão que estou sob o efeito alucinógeno de drogas ilícitas, afinal semana passada rasguei elogios ao Vasco da Gama e afirmei que a equipe carioca tinha o melhor time do Brasil. E tinha até hoje.

 

Quem sou eu para desmerecer o título corinthiano? E se o Vasco merecesse faturar mesmo esse caneco, teria faturado e se assim não fez foi porque faltou uma dose de… Corinthians. O time do bando de loucos figurou desde o início do campeonato entre os primeiros e mesmo quando em má fase viu seus rivais não aproveitarem as chances de voar e tomar distância. O Corinthians teve o que nenhum outro time demonstrou nesse campeonato – competência.

 

Até mesmo o Vasco que desfilou um futebol bonito não conseguiu transformar beleza em primeira posição. Aliás, se eu fosse o Dinamite contrataria um exorcista pós-graduado em zica infinita e maldição hereditária, porque já saiu dos limites do campo natural faz tempos essa sina de ser vice sempre que o título se torna palpável. Não é admissível que uma equipe tenha tamanha aptidão para frustrações de última hora e ninguém nada faça para mudar. Tá na hora de contratar o exterminador de mizinfim.

 

Outra equipe que necessita urgentemente de uma benzida das boas é o Botafogo e o Atlético-MG, este sempre leva sapecada do rival quando vale alguma coisa, aquele tem mais motivos pra chorar no fim de ano que Peru de Natal. Tá certo que novamente a arbitragem tornou a alisar sem dó o traseiro botafoguense – o que já passou de sacanagem -, mas nessa altura do campeonato tal bolinada deveria ser levada na maciota e como sinal, esperança de dias melhores.

 

Porque com tanto mau-olhado e aberrações inexplicáveis acontecendo temo que o futuro dessas equipes seja como o do Atlético-PR que de tanto namorar o colo acinzentado do rei das trevas, enfim se uniu a causa infernal e ano que vem queimará do caldeirão principal do Rubro. O mesmo fim que teve Ceará (até que enfim), Avaí e América-MG.

 

É galera, finalmente o Campeonato mais pika do Universo chegou ao fim, já vimos o campeão, quem vai disputar a Libertadores, quem vai pra inútil Sulamericana, que serve como um tapa na cara que trás a tona a vergonha por ti cometida no ano anterior, e quem teve o desprazer de ver Portuguesa, Ponte Preta, Náutico e Sport pegando sua vaguinha de direito. Putz!

 

O Brasileirão acabou, mas a coluna Dois Toques continua, afinal o Mundial vem aí e pelo que tenho visto na equipe do Santos… Messi vai virar deus no Japão.

 

Sócrates, você foi o cara!

 

Dois Toques e a gente sai na cara do Gol!
 

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Mais uma semana que começa, fim do ano se aproximando e eu já me sinto no direito de fazer uma análise desse ano que finda. Verdadeiramente 2011 foi incrível no tange ao desporto preferido pela brazucada. Vimos craques nascendo, craque aposentando, uma enorme valorização tupiniquim que parece pôr fim à insana lógica de levar nossos garotos para o exterior e europeuzar o futebol dos caras, vimos equipes ressurgirem, outras afundarem… De fato o ano foi corrido e valeu a pena não cortar os pulsos – que diga o vascaíno que se frustrou no harakiri da marquise em 2008. Por que se teve um time que deu gosto ver jogar, essa equipe é sem dúvidas o Clube de Regatas Vasco da Gama. O time jogou tanto que ser campeão é mero capricho do destino. O Vasco não precisa faturar a bagaça pra mostrar que é o melhor.

 

E o torcedor vascaíno merecia após a década negra que viveram. Foram quase 10 anos num jejum de títulos que soava como uma injustiça ante a grandeza do clube em questão. Mas como disse no texto da semana passada o Vasco precisou sofrer, apanhar na cara para compreender que sem profissionalismo é impossível obter sucesso no mundo da pelota. Roberto Dinamite mostrou continuar sendo o grande cara que encantou nos gramados e usou sua veia vascaína para fazer a receita perfeita e recolocar o Vasco no pedestal de onde nunca deveria ter saído. Montar um time “barato” apenas com jogadores dispostos a derramar sangue, com talentos jovens e ídolos de um passado recente foi sem dúvida o maior golaço do Senhor Dinamite. A mescla de juventude e experiência certamente teve peso extra na estrutura vascaína, mas ter Juninho e Felipe na equipe foi golpe de mestre. A presença dos ídolos deu aquela dose de esperança e adoçou a torcida fazendo com que os jovens talentos tivessem tempo de aparecer antes das pedras voarem da arquibancada.

 

Há muito não via uma equipe disputar com chances reais de título todas as competições do ano, mas o Vasco conseguiu. Viu o campeonato carioca escapar numa disputa de pênaltis, faturou a Copa do Brasil, corre na pressão no Brasileiro e faz uma campanha impecável na Sulamericana. Se pararmos pra pensar que o clube estava arrasado ano passado e lutava para não ser novamente rebaixado no Nacional ficará fácil compreender o tamanho e a velocidade da evolução do Vasco. Talvez isso se dê porque ao contrário do que muitos clubes fizeram de contratar um cara que desequilibra e jogar em função dele, o Vasco montou um time, uma equipe, tem elenco. Pode não ter os melhores em cada posição, tem uns ou outros jogadores bem abaixo da média, uns vacilões, mas o corpo, a gordura do elenco compensa a debilidade técnica e mental de alguns jogadores.

 

Muito da ressurreição de Diego Souza se deve ao Vasco. Um jogador no nível dele, num elenco comprometido onde ninguém é escolhido pra mártir ou salvador da pátria é o ambiente perfeito para qualquer astro brilhar. Não ter a responsabilidade de ter que fazer chover fez com que Diego Souza tornasse a ser o bom e velho Diego dos tempos de Palmeiras e a segurança passada por Dedé e Fernando Prass faz com que o talento individual de jogadores acima da média apareçam com mais frequência, uma vez que perdendo a bola, a zaga e o goleiro garantem.

 

Aliás, vendo o Prass me pergunto por que cargas d’água esse goleiro foi despontar tão velho? Alto, seguro, inteligente, não faz gracinha… O cara tem caráter de goleiro de seleção. Ainda não vi Fernando Prass sequer ameaçar aquele clássico vacilo que dá frio na espinha e congela o coração. Até aquelas bolas pro meio da área que ele costumava rebater já foi corrigida e hoje o goleirão é sem dúvidas um dos maiores goleiros do Brasil.

 

De ponta a ponta, o Vasco é o melhor time brasileiro na atualidade e a gestão Dinamite deu a prova que faltava para mostrar que um time profissional sem presepeiros zoadores beberrões dá resultado em tempo recorde. E a tendência é que o Vasco se torne ainda mais indigesto, porque com a vaga na Libertadores garantida, maior visibilidade e patrocinadores super empenhados em expor seus nomes por um valor muito agradável e convidativo, a equipe certamente suprirá suas carências em algumas posições (como a lateral esquerda) e aí sim vai ficar esquisito bater de frente com os caras. Já imaginaram o Vasco partindo pra cima estilo to pegando fogo e não tendo que aturar Julinho, Jumar, Alecsandro e outras bizarrices que ninguém entende porque ainda estão lá?

 

Mantendo essa base e dando uns retoques certamente quem der vacilo, ficar de bobeira e parar na frente do Vasco será impiedosamente rasgado ao meio, no pelo e com terra.

 

Aconselho de verdade que os cruzmaltinos desistam de vez da ideia do suicídio coletivo da marquise e se preparem para 2012, porque se ninguém se mexer garanto que, caso o mundo não acabe, o ano será de janeiro a dezembro todo do Vasco.

 

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Salve galerinha que viaja por aqui em Bandeira Dois! Semana está apenas começando, Brasileirão afunilando em níveis pika e eu resolvi, inexplicavelmente me ater a outra ponta da tabela. Tudo porque comecei a analisar de modo racional o fenômeno de atividade reversa que atinge equipes que após anos cirandando o descenso, enfim não resistem e acabam namorando o colo morno do capeta. Estaria certo o poeta do clichê errando que se aprende?

 

Falo isso por conta do avanço atípico de equipes que melhoraram significativamente após serem rebaixadas. Vasco, Corinthians, Fluminense… Penso até que times que ficam num jejum absurdo de faturar algo que preste, deva sofrer tal queda para se reestruturar e voltar a ser um clube que preste. Certamente as séries subalternas servem para uma reflexão, é a lupa que torna visível todos os mínimos erros. O Vasco da Gama, por exemplo, havia estacionado no tempo, amargava um jejum de títulos vergonhoso – porque o Campeonato Carioca é nível monkey nu -, viu a torcida diminuir e nada fez. Precisou levar um tapa no pé da orelha, ser rebaixado em casa e ver um torcedor se frustrar num harakiri da marquise para então perceber que reestruturação era a palavra chave. Foi ruim? Lógico, mas só por um ano.

 

O Vasco voltou da Série B indisposto a tolerar qualquer presepada de quem quer que seja e tivemos a prova disso no início do Carioca desse ano quando mandou embora técnico e alguns brigões mudando totalmente a filosofia de trabalho e transformando novamente a equipe Cruzmaltina no gigante que sempre foi. O fruto desse supletivo, que começou na Série B, vê-se hoje numa equipe competitiva que disputou com chances reais de títulos todos os campeonatos do ano e hoje lidera o Nacional.

 

Outro exemplo é o Corinthians que há anos vinha jogando a la caralho, enganando, irritando e após a queda viu a necessidade de retomar a postura que o consagrou como o time da segunda maior torcida do Brasil. Investiu em marketing, contratações que resolvessem, adotou um caráter diferente e há 2 anos vem desfilando na linha frente do futebol Brasileiro.

 

Ser rebaixado nunca será bom, deve ser evitado, mas tem equipe que precisa raciocinar rápido antes que a Segunda Divisão seja sua tábua de salvação. E uma vez estando lá, é bom saber usar essa oportunidade de ressurgir no efeito estilingue. Palmeiras e Botafogo não souberam aprender com o erro. Caíram juntos, subiram juntos e abraços amargam as vergonhas em seus respectivos estados ao ver todos os seus rivais conquistando títulos de expressão e essas duas equipes sonhando um sonho distante.

 

Mas se existe um clube que conseguiu crescer na mesma progressão com que descia, esse clube é o Santa Cruz. Disputando a Série D, jogando no tártaro, no subsolo do inferno onde se encontra a King Size do capeta, o Santa conseguiu fazer uma renda de bilheteria que muito clube da Série A nem sonha. Comparem as bilheterias do Botafogo nos últimos anos com a do Santa Cruz na Série D. O Tricolor pernambucano fez a proeza de ter o maior público de todas as Séries e diretamente do orifício posterior do inferno colocou mais de 60 mil fanáticos no estádio. Pra um clube que amarga a infelicidade de rebolar no alegórico do Senhor Satã não tendo nenhuma renda, nem ajuda da CBF,tirando tudo do bolso e servindo salgadinho frio pro centro-avante matador, uma renda oriunda de uma torcida que põe uma média de 35 mil torcedores no estádio é chuva pinga em festa de petisco.

 

Fico imaginando quando esse time chegar à Série A, quantos alucinados tricolores pisarão o estádio para ver tal feito. E mantendo nas séries de acesso essa média de público, o Santa Cruz tem tudo para chegar na Primeira Divisão ao menos com uma equipe competitiva, afinal qual patrocinador não disputará uma vaguinha na camisa de um clube que lota arquibancada todo jogo?

 

Aliás, existem umas equipes na Série A que exibem vergonhosamente um público tão pífio que talvez passar umas temporadas na Série D comendo angu com tutu e tomando banho gelado em chuveiro com gota eletrificada seja o combustível pra tirar uns velhacos de casa que nunca comparecem e contribuem praquele enorme mosaico de cadeiras que somos obrigados a assistir toda semana na telinha da Globo.

 

Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Atléticos… Cuidado hein. Nada a ver ter que perder o frinfa pra então perceber que é possível correr atrás da honra.

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

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