Categoria: Dois toques

Sexta Sexxxy

Dois Toques

 

Futebol das antigas

Essa semana despediu-se o último exemplar do boleiro brasileiro nato oriundo das peladas que precediam longas e boas conversas sobre o frango tomado, o golaço marcado e caneta rolada.

 

Marcos foi mais que um goleiro campeão do mundo e exímio defensor de pênaltis. Marcos foi o futebol brasileiro personificado entre os três paus que defendia. Falava, tomava café, ria dos próprios erros, soltava pérolas, era sem noção. O último remanescente de um tempo onde todo juiz era ladrão, o adversário era viado e mãe do árbitro era objeto sexual.

 

Sim, as coisas ainda são assim, mas não podemos falar. É errado, é imoral e para no STJD.

 

Marcos assistirá, agora da poltrona, o futebol se reelitizar e tornar às suas fétidas origens onde o povo não tinha vez.

 

Nas peneiras já não passam os Romários. Playboys rumam ao domínio de nossas bases de futebol. Não precisam que você drible, chapele, chute e saiba cruzar. Tendo dinheiro, te encorparemos e te venderemos para ser um mero lateral meia-bomba do outro lado Atlântico endeusado pela mídia, pelo PES e pelo FIFA.

 

Nossa forma de torcer já mudou e após a Copa estará irreconhecível. Em 2015 nossos recantos de felicidade e nostalgia dos bons tempos serão Raulinos e Moisés Lucarellis Brasil a fora, onde a acústica permite cantar, baterias poderão entrar e você trabalhador assalariado não ficará a km de distância de seu time por ter apenas cinquenta reais para desembolsar.

 

Quem pisou no Maracanã e depois foi obrigado a torcer no Engenhão sabe do que falo. Estádios no estilo europeu tem a acústica e a emoção de uma caixa de geladeira.

 

Eles conseguiram. Acabaram com o nosso futebol engordando as cifras deles. O golpe perfeito. Nos fizeram amar atacante trombador como o Hulk e agourar habilidosos como Neymar. Nos tiraram o senso crítico. Fulano no Brasil quando marca 30 gols num campeonato disputadíssimo é ruim. Mais vale marcar 90 onde só tem dois times. Estar no Brasil sinônima ser abaixo da média e por isso dispensável.

 

Nos argentinaram. Nossos moleques catimbam, fazem cera, acham legal retardar o jogo. Driblou? Dá porrada. Passou por três? Do quarto não passa.

 

Quanto mais próximo do que é da Terra, pior. Quem é Cristiano Ronaldo e seus dribles, passes e chutes? Somos mais o Messi que só recebe bola na cara do gol e o máximo de esforço que faz é dominar antes de chutar.

 

Marcos se foi, assim como Ronaldo, Cafú, Roberto Carlos e Túlio (sim, ele já foi e não reconheceu) também já se foram. Eu reclamava do Edmundo, o achava chato, brigão, mas sinto saudade. Saudade dos tempos onde ao fim do jogo “Estou feliz. Ganhamos dessa merda” não era nada mais que uma provocação. A geração “Perdemos, mas vamos tentar corrigir nossos erros. A equipe continua unida” jamais saberá o que é uma resposta livre dos dedos do departamento de marketing.

 

Que pena! Pois não saberão nem mesmo o que é o futebol. Logo os loirinhos de apartamento ganham os gramados, passamos mais 20 anos sem ganhar uma Copa do Mundo e tudo que nos restará será torcer por um atleta do judô, da natação… Ainda bem que nosso vôlei está aí.

 

Dois Toques a gente sai na cara do gol.

 

 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

dois toques

 

memory card

Arábia Saudita, Japão, Iraque, Nigéria, África do Sul, Egito, Camarões, Tunísia, Zâmbia, Austrália, Nova Zelândia, Taiti, Dinamarca, Grécia, Canadá, México, Estados Unidos.

 

Ao fim do post explico o motivo desses nomes acima, mas antes (mais uma vez, está chato, eu sei) permitam-me novamente tentar entender a mente anti-patriota dos torcedores de web, playboys de apartamento que não conseguem entender o quão complexa é a vida fora do memory card.

 

Ontem matei meu sono matinal para acompanhar o sorteio da Copa das Confederações a acontecer no país (como dizem os antis) mais feio, sem graça, sem dinheiro, mal administrado e incrivelmente escolhido pela FIFA e pelo COI para sediar os maiores eventos esportivos do planeta. Obviamente acompanhei com um olho na TV e outro na internet a fim de pescar umas pérolas internautas. Vi comentários como “O Brasil comprou o sorteio”, “Vamos cair numa chave fácil”, “Vai ser comprada como a Copa de 2002”, “Taiti na chave do Brasil” e ao fim os comentários viraram para “Compraram, mas deu errado”, “O cozinheiro arrebentou com a armação”. Os fãs do Messi sempre se superam.

 

Mais uma vez podemos perceber que a vira-latagem adquirida atingiu níveis de epidemia e agora não importa como, quando nem em que circunstância, a parada é torcer contra. Garotinhos mimados criados a base de Mucilon que se acham os revolucionários e acreditam ser bonito jogar contra o patrimônio. Pessoas nascidas no Brasil que não possuem a camisa da seleção nacional, mas tem a da Argentina. Menininhos cheirosinhos espancadores do Neymar, que costumam chamar tudo que não gostam de lixo e que quando vêem um carrinho maldoso no craque santista dizem que ele se joga, é fraco, é moça, mas quando triscam no Messi se gabam (com o pau do cara) que só param o “semi-deus” na falta.

 

Amam a Argentina, já deixaram o cabelo crescer, Pelé é só mais um boçal, exemplo mesmo é o Maradona, Felipão e Parreira possuem duas Copas, mas são uns bostas, bom mesmo é o Guardiola. Brasil? Quem é Brasil? Quero ver ganhar da Argentina. Ganhamos. Mas não era o time principal deles. Mas o nosso era? Criaturas sustentadas com Nescau cereal e que desdenharam o título do Desafio das Américas só porque fomos nós que ganhamos. E daí que era a Argentina na Bombonera?

 

Crêem piamente que a Argentina é e sempre foi mais time que o Brasil, mas desconhecem que aqueles países que citei no início do post estão num jejum de títulos menor que o da seleção da Evita. Os discípulos do anti-jogo não gritam é campeão com sua seleção principal desde 1993. Sim, o Brasil (assim como a Argentina até hoje) ainda era tri. E não nos eliminam em nada desde então.

 

Gritam na cara de clubes de que ficam 10 anos sem títulos, mas poupam a Argentina.

 

Às vezes penso que todo chefe de estado deveria ser um pouco Fidel e mandar traidor ir pastar bem longe do solo pátrio. Porque essa gentinha, esses escancaradores de boca em apartamento são minoria e não fazem falta. Fazem barulho, mas nada conseguem. Assim como a Argentina. O brasileiro de verdade – desacreditado, sim, com a seleção – ainda é esmagadora maioria. São os trabalhadores que xingam, falam mal, dizem parar de torcer, mas assistem aos jogos e fazem força para segurar o ódio e não gritar gol. São homens e mulheres que na época da Copa compram a camisa, vão pras ruas, bebem, dão churrasco e abraçam o desconhecido ao lado a cada gol convertido, a cada pênalti defendido. E por esses vale a pena acreditar que o torcedor ainda tem chance e que essa peste será extirpada.

 

E se seu banimento acontecer eles tem vários países para habitar. Podem até morar no Taiti, que vai disputar a Copa das Confederações por ter sido campeão. Coisa há 20 anos impossível para a Argentina.

 

Dois Toques a gente sai na cara do gol!

 

 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

dois toques

 

seleção

 

“América para os americanos”. Frase exclusivista, sim, mas que em certos momentos surte efeito. E hoje, essa doutrina merece um toque brasuca no que tange a nossa seleção canarinho.

 

Futebol é cultura e cultura deve ser respeitada. Nunca fomos bons em lidar com os estilos dos caras lá de fora e muito menos com brasileiros pródigos que voltaram nacionalizados. O Brasil não se vive, se compreende. Não se entende o Brasil estando fora dele. É preciso sim manter sempre em dia a manutenção de nosso jeitinho brazuca. Aliás, sinto-me na obrigação de dissertar a favor desse tão contestado jeitinho.

 

O leitor que passa o dia inteiro acompanhando aquelas peladas do velho continente percebe bem presentes as lembranças de um passado de guerras e conquistas. Os times ingleses disputam um verdadeiro prélio dentro dos gramados, a torcida irlandesa parece torcer praticando um ritual de guerra, espanhois sempre visando a conquista de outros terrenos como nos tempos de colonização, portugueses naquele jeito meio tô nem aí, mas claramente esperando o momento pra ancorar a embarcação… Isso minha gente é o jeitinho de cada um. Cada um se vira da forma como foi acostumado. E você não ouve inglês se aporrinhando com o jeito aguerrido de seu povo. É mal do brasileiro esculachar o que é da casa.

 

Fomos colonizados a la caralho, sem nenhuma pretensão maior e tudo que conquistamos foi na manha, na malandragem, na base do trambique. Esse estilo sonso e sacana é nosso, está contido no DNA de todos e até mesmo no gene do chupador de gringo. Logo, uma seleção brasileira sem “brasileiros” é oferecer macarronada de miojo. Engana a primeira vista, mas na prática você percebe que não é a mesma coisa, não dá a mesma sustância.

 

A seleção B que meteu o ovo nos argentinos (hihihi) lá no estádio feioso com cara de prisão federal é a prova de que o MADE IN BRAZIL ainda é o mais vantajoso. Não digo que tenhamos que montar um time todo daqui de dentro da Terrinha, mas que olhar pra quem ainda tem o samba correndo na veias pode dar resultados, isso sim. Um jogador que quando entra em campo lembra do que viu nas ruas – as festas, a bebedeira, o menino que chutava latinha e gritava seu nome, o garoto que se jogou na lama pra pegar um pênalti e disse ser o tal goleiro, o pescador que abriu mão da grana diária pra assistir uma hora e meia de pelada – pode fazer toda a diferença. Muito ao contrário daquele que tudo que lembra é uma conversa em portunhol com o Messi.

 

Não manda pra guerra contra os espanhois, um soldado criado na Espanha. Passou da hora de tornar Monroe a doutrina na seleção. Nosso principal jogador é brasileiro e sentimos bem mais próxima de nós quando os filhos que vivem na pátria nos representam.

 

A seleção foi se distanciando do povo na medida em que seus integrantes foram se distanciando do Brasil. E bem sabemos que sem o apoio do povo tudo fica mais difícil.

 

Bra-Monroe já. Para a seleção nacional voltar a vencer.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!

 

 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano
Anuncie aqui

dois toques

 

palmeiras

 

Puxa, que chato, o Palmeiras caiu!

 

Porra, negada! Os caras caíram antes mesmo dessa joça começar. Desde quando Copa do Brasil é parâmetro pra alguma coisa? Um campeonatinho disputado pelas classes A, B, C, D e E do futebol (fora uns agregados das X e Y) chega a ser quase tão desimportante quanto o Campeonato Espanhol.

 

Os primos sem praia do Vasco não caíram por conta da diretoria e muito menos da torcida. Aliás, diretoria não rebaixa ninguém. Caíram porque o time era mais feio que estupro de vó. E se fizeram alguns golzinhos no ano dediquem ao pé iluminado de Marcos Assunção, que nos altos de seus 89 anos fazia 90% do gol e deixa os outros 10 pra um argentino qualquer levar a fama.

 

Goleiro no improviso, zaga feia, meio feio, ataque feio. Esperar o quê? E pior é que essa joça vai chegar ano que vem na Libertadores representando o Brasil. PUTA QUE PARIU!

 

E bom será se ainda chegar com Assunção e Barcos – o que é improvável, pois geralmente quando a água trisca a bunda o efeito Edmundo costuma agir e geral abandona a embarcação.

 

Mas, Nossa! CREIMDEUSPAITODOPODEROSO! Falei de Edmundo e embarcação e reparei o óbvio. Palmeiras e Vasco realmente nasceram um para o outro e não é a toa a notabilidade do coito alternado entre os torcedores de ambas as equipes. Ambos pensam ser grandes, acreditam ter Mundial, gostam de dar um role pela Série B e sempre dão ruim quando precisam decidir algo contra o Flamengo. Fora que seus primeiros rebaixamentos foram para o Vitória – rubro-negro (só pra constar).

 

Fato é que a bagaça desandou e o porco morreu antes do Natal.

 

Agora deu ruim. Corinthians campeão da Libertadores e Palmeiras rebaixado. Como que faz pra sair na rua sem sofrer bullying?>

 

Também não sei a resposta, mas uma coisa é fato.

 

“Manga espada madurando, especial do Rei e paulista rebaixado. Coisas que sempre acontecem no fim de ano”.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!

 

 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

futebol

 

argentina

Che Guevara. Eis o nome do único argentino que vale mais que um torresmo centenário de um boteco de Buenos Aires. Aliás, Che Guevara vale bem mais que um torresmo. Nele estava contida a sorte de valor que deveria ser dividido a toda manada argentina. Sim, odeio argentinos. Lógico, como gostar de um povinho que engana nas quatro linhas e só consegue alguma vantagem na ilegalidade? De doping próprio a dopagem alheia, o argentino já fez de tudo para obter a vantagem que a natureza não lhe deu.

 

O brasileiro desde que deu seu primeiro chute a gol soube que o vizinho safado da primeira a esquerda não era de se confiar e ainda assim insistiu em abrigar os genéricos do Uruguai que em breve contaminariam toda a América de baixo com sua catimba cansativa e sua mania de ser ilegal.

 

Onde quero chegar? Barcos. Entendo que o Palmeiras caiu de quatro e cheirando a progesterona com banana numa jaula de Gorilas, e que o coito forçado será inevitável. Mas daí a ficar guardando na cachola um jogo maroto até a última rodada a fim de usar como nega caso precise entregar um Bahia ou uma Portuguesa como sacrifício vivo à Série B é o fim da picada. E pior é saber que a CBF ainda cogita a hipótese.

 

Se a regra impede que alguém de fora dê palpite na partida, que seja cumprida, porém sem deixar de punir o pastelão do Barcos que merece uma correção longa, daquelas de engordar o cidadão. Afinal, que diferença existe entre o que ele fez e os dopings do Maradona? Ambos se usaram de uma atitude ilícita para tirar vantagem. Com a diferença de que Maradona fez na calada, enquanto Barcos sai de seu país falido para passar atestado de otário aos homens de terno aqui no Brasil.

 

Experimente um brasileiro tumultuar o Campeonato Argentino assim. Será morto a pedradas por um vândalo qualquer ao som de “Não chores por mim Argentina”.

 

O delegado opinou, o quarto árbitro ouviu, o árbitro acatou? Talvez. Mas quem originou? Barcos. Foi um lance legal? Não. Foi legal sem propósito como num impedimento? Não. Foi na sacanagem. Foi pra terminar de foder com nossa já horrorosa e justamente contestada arbitragem.

 

Se punem o anabolizado que corre mais que todos, por que deixar passar o engraçadinho que dá um soco na bola enquanto o zagueiro adversário sobe pra uma disputa leal?

 

Esse cara veio de fora e veio pra tumultuar. Que volte ao ostracismo na Argentina, lugarejo de onde nunca deveria ter saído.

 

A CBF deveria fazer um teto para contratação de argentinos e uma lei proibir o livre comércio de uniformes dos hermanos pela nossa Mãe Gentil. Porque brasileiro é chupador, brasileiro é puxa-saco, brasileiro idolatra argentino enquanto lá se existirem 3 são muitos e andar com camisa de clube brazuca dá um baita B.O.

 

Aprendam. Lugar de Argentino é na Argentina. Simples assim.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

 

Não deixem de curtir minha página, o Flagaiato, nem de deixar suas mensagens, críticas e xingamentos (que não sejam dirigidos à minha mamaezita) no email [email protected]. Aproveitem e sigam @flagaiato no twitter.

Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

Anuncie aqui
plugins premium WordPress