Tag: esporte

Sexta Sexxxy

 

Olá anjos e anjas!!!! Bem, eu não acredito, mas estou tendendo a mudar meus conceitos depois de ver o Vasco ser MAIS UMA VEZ vice-campeão…AH VÁ! De novo?!? Vamos ver quantas vezes ele teve esse infeliz destino de ver a taça escorregar das suas mãos: 38 eu disse TRINTA E OITO VEZES!!!! Bem, os vascaínos podem alegar que
o Flamengo foi vice 40 vezes, aí a coisa fica pior pro Vasco porque ele consegue ser o vice dos vices, kkkk (ok, ok essa foi podre). Parabéns ao Fluminense que levou a taça Guanabara.

 

No campeonato paulista, na 11° rodada o Corinthians segue líder com 27 pontos, 2 na frente do 2º colocado Palmeiras. O meu São Paulo, para variar está em 6º atrás do Mogi Mirim e do Guarani… no comments… QUE TREVA!

 

Vamos falar de coisas boas. Agradeço ao meu lindo chefinho Binho que me proporcionou uma semaninha de férias desta coluna (presentinho pelo meu niver gentem!!!) Sim, porque aquele muquirana só me deu uma licença, porque presente que é bom, não vi nenhum….AFFÃO! Só podia ser corinthiano, rs. (Perco o emprego, mas não perco a piada, hehehe). Pois é povo e pova, eu fiz 33 lindas primaveras no último dia 26 e aproveito para agradecer todos os posts, emails, tuites, mensagens que recebi de vocês. Valeu mesmo. Vocês são lindos!

 

Ah… tem mais novidades, lembram-se da minha mesopotâmica luta pela convocação do cadastro reserva da Universidade Estadual de Goiás da qual eu sou uma famigerada “esperante”? Pois bem meus lindos, sexta-feira passada chamaram mais 98 professores. Não chegou ainda a minha vez, mas agradeço imensamente a todos vocês anjos e anjas que tuitaram, cobraram, ficaram de olho, pois esta semana, 98 famílias puderam respirar aliviadas. Eu sei que a minha vez vai chegar. Mais uma vez, meu muito obrigada, pois sei que se eles conseguiram, foi porque lutamos muito e vocês nos ajudaram demais. Um mega beijo a todos e até semana que vem!

 
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Postado em: Papo de boleira Por: Lica-Moon
27
fev
OH GOD. WHY?

Sabe aqueles dias em que qualquer conjunto de palavras por mais bem elaborada que seja jamais conseguirá exprimir de forma real o que passa pela sua mente? Hoje passo por isso.

 

Há anos tento entender o porquê de certas sinas, carmas, zicas que acompanham certos times de futebol em determinados momentos. É como o Flamengo só ter uma Libertadores mesmo com tantos grandes times, o Corinthians não conseguir faturar uma nem vendendo a alma, e o Vasco sempre pagar mico em finas até de cara ou coroa.

 

Aliás, o Vasco em final é o tipo de caso que só a ciência explica. Pra quem não acompanha a sina do time cruzmaltino, vou tentar ser sucinto. Imagine que você jogue um cubo cujo único valor desfavorável seja o cinco. Se for usar uma camisa do Vasco vai dar cinco.

 

 

Num estudo super mal elaborado feito por conta própria, peguei os números do time carioca e vi que ele precisa de pelo menos 3 finais para faturar uma. Pode parecer pouco se o seu time faturar a cada 3. No caso do time de São Januário, 7 finais sem sucessos seguidas é o mais comum, o que leva os rivais ao delírio e a torcida a ser o opróbio da Cidade Maravilhosa.

 

Acredito que o problema já tenha ido para o ramo psicológico. A pressão exercida sobre os jogadores vem acumulada de outras gerações e quanto mais vices-campeonatos, mais pressão e mais chances de erros e vergonhas múltiplas.

 

No jogo deste domingo, na final da Taça Guanabara (primeiro turno do Campeonato Carioca) era visível um Vasco com vontade, mas afoito, ansioso, como que tivesse que fazer algo contra a natureza. O mesmo bicho que morde o Corinthians em Libertadores atacava o Vasco da Gama no estadual.

 

O departamento psicológico dos times de futebol deveria ser levado mais a sério. Casos como esses são comuns, se repetem com mais frequência que imaginamos e esperar pela sorte nem sempre é vantajoso.

 

Chega a ser complicado falar. Só o que penso é que devam investir em entrar na mente dos jogadores. Só assim algo poderá mudar.

 

Para ficar mais fácil a compreensão do que digo e como não fico nada feliz em tragédias vascaínas, deixo-vos com uma reportagem épica da Globo que enfatiza e ratifica bem o que disse.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

 

Olá galerinha do bem, saudades mil de todos vcs!!!! Esta semana bateu um omo com vanish… BRANCO TOTAL!!!!! Affão. Aki estou eu sentada na frente do pc sem saber sobre o que escrever. Vcs já passaram por isso? Saco!!!!! Vou desligar o pc e escrevo esta linda e amada coluna amanhã…

 

Bem, vcs já devem ter percebido que a coluna atrasou né povo. Pois bem, voltei pra frente do pc e já sei sobre o que vou falar. Eu poderia falar do Lin que está voando baixo na NBA, o cara é um assombro! Marca pontos, dá assistências, é o queridinho do momento.

 

Na Champions League, tudo acontece na mais perfeita ordem caótica que só o futebol pode nos proporcionar. Os times ingleses estão lascados, coitados. Tão caindo que nem mosquito depois de jogarmos inseticida, ai, ai… mas prefiro falar de algo mais importante, mais revoltante e mais urgente (pelo menos pra mim)

 

COMO OS PAIS PODEM SER TÃO OMISSOS NA EDUCAÇÃO DE SEUS FILHOS?!?! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

 

Ninguém merece! Nada mais é cobrado deles, nada mais é cobrado dos alunos. O estudante aqui no Estado de SP recebe livros, apostilas, cadernos, mochila, lápis, borracha, caneta, régua. (Quero deixar claro que acho ótimo todos terem o material necessário às aulas) O problema é que muito aluno nem se dá ao trabalho de trazer o material à escola e, como eles ganham tudo, os pais acham que a escola é papelaria. Se falta alguma coisa ao seu filho, a escola que dê. Não importa que o infeliz rasgou um caderno de 10 matérias e fez bolinhas em 2 dias, a escola dá outro. Se ele perdeu o livro ou a apostila, dane-se o professor que NÃO SE ATREVA a cobrar o material nas aulas, caso ele cobre, que arrume outro livro.

 

Caraca meu, será que o povão não percebe que isso tudo custa caro pra kct! Imaginem que tudo isso sai do meu e do SEU bolso, NÃO É DE GRAÇA. Nós professores não trabalhamos de graça (apesar do nosso salário ser uma piada e o governo não aplicar a lei do 1/3 do tempo do professor para preparar as aulas, mas fazer um jogo de números e burlar a lei em detrimento da aprendizagem). Tudo custa caro e escola pública deveria ser de qualidade. Aí me pego pensando… Quem realmente se preocupa com a educação? Eu já sei: O PROFESSOR e só ele. Tá ok, políticos em época de eleição também se “preocupam” muito com a situação atual de nossos alunos. Agora amores, vamos falar a verdade: Ninguém tem saco e nem paciência para acompanhar a vida escolar dos seus filhos, nem eles próprios.

 

Ai, tia Lica, que revolta é essa? Vamos ao âmago da questão: Ok, ok, vc pode estar revoltado comigo dizendo que vc se preocupa, tá, vou acreditar em vc. Eu sei que toda generalização é burra. Infelizmente, hoje em dia um aluno ou pai preocupado com a aprendizagem é coisa rara, é a exceção. É triste, mas é verdade. Existem, mas são seres em extinção. Ontem e hoje convocamos uma reunião na nossa escola para apresentar as regras de convivência, os professores, falar dos alunos que já estão cabulando e estão desinteressados. Temos cerca de 2 mil alunos na escola. Sabem quantos pais vieram à reunião? Nem 300. E olha que eu estou chutando alto. Ah, mas eles trabalham, sim eu sei. Telefone é uma maravilha da invenção moderna sabia? Nem isso!!!! Affão.

 

Sabem quando esses “abençoados” aparecem para saber da vida de seus filhos? Geralmente no final do ano, com um recurso gigante contra a escola que reprovou seu filhinho, coitado. Vai ver as notas do cidadão! Vai ver as quantidades de advertências, faltas, desrespeitos aos professores e funcionários. E lá vai o professor ficar suas férias respondendo aos intermináveis recursos por ter reprovado um aluno que nunca tirou uma nota maior que 1,0. E olha que temos que dar 1,0 porque quem vem à escola não pode ter zero, sabe porquê? Pq o lindinho ganha 1,0 ponto por respirar acho. #revoltadamodeon

 

 

Ou senão, eles aparecem quando seus filhos contam qualquer coisa contra seu professor. Olha o que aconteceu comigo: Ao chegar numa determinada sala fui abordada por uma aluna que me abraçou e triste disse que havia reprovado a 8ª série, e isso na frente de toda a sala. Eu disse a ela que não ficasse triste, que eu a ajudaria e que este ano seria diferente e que ela conseguiria. (Essa aluna é dislexa). Pois bem, a mãe desta aluna veio aos berros no dia seguinte me acusando de ter constrangido a filha dela, pois contei (eu?!?) pra sala toda que a filha dela era repetente. Ninguém merece! To sentindo que estou dando murros em ponta de faca. Ninguém nos valoriza. O governo de Goiás, nada de nos convocar apesar de sermos professores aprovados em concurso. Eles vão acabar deixando o concurso vencer e nós não seremos convocados. Eu fiz meu mestrado e o estado de SP só me deu 15% de aumento o que no meu caso significa maravilhosos 2/3 do salário mínimo. Vão te todos à casa do coquinho! Já cheguei à conclusão do que eu vou responder porquê eu decidi ser professora: PORQUE SOU MALUCA! DOIDA VARRIDA!!!!

 

Bem, é nessa revolta que me despeço. Bjokas no coração e aproveitem o carnaval!!!!

 
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Postado em: Papo de boleira Por: Lica-Moon
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Olá galerinha do bem! Saudades de vcs meus amores!!!!! Ontem fiquei sem net e não deu pra enviar a coluna. Meus agradecimentos ao pessoal da Eletropaulo e depois da Telefônica, que me impediram de postar tanto aqui nesta coluna como na página do face ¬¬. Affão!!!! Treva total!!!!!

 

Aliás, meus agradecimentos a São Jorge, é esse que cuida das chuvas? Bem, se for, valeu mesmo! Dias e dias derretendo, suando como uma vaca (se é que as vacas suam) e agora a chuva vem, e além de não refrescar, enche tudo. Para quem não sabe, sou professora, é meus amores, gosto de sofrer. Sábado passado ouvi uma ótima da minha amada secretaria da Educação de SP, olha essa: “Professor: aproveite o dia e planeje o seu ano letivo”. Ou seja, utilize esse sábado ensolarado para elaborar a porra do planejamento que ninguém vê e cumpra os HTPL’s que não te pagamos… #revoltadamodeon!!!!!!

 

Mas nem tudo são trevas neste mundo de giz, lousa e buRRocracia. Tem meus alunos amados. Tive muita sorte esse ano. Conheci gente nova, adolescentes fófis e lindos. Inteligentes, apaixonantes e empenhados. Sou uma professora de sorte. Ok, ok, ok, vamos à realidade dura, nua e crua. Tem uns que acham que a gente é burra, rs. Querem dar “gato” na gente. Eu acho graça. Adoro ver a cara deles quando a casa cai e olha que estamos só na segunda semana de aula. Pois é minha gente, eu ganho pouco, mas me divirto muito, kkkkk.

 

Bem, vamos ao que interessa, essa coluna é sobre esporte né, mas é que trollar alunos é meu esporte preferido, auhauahau. Brincadeirinha. (mas não resisti) Vamos ao resumo da semana esportiva. Esta semana, no dia 5, tivemos a final do Super Bowl e o favorito New England Patriots perdeu de 21 a 17 pro New York Giants. Numa repetição da final de 2008. Os Patriots estavam na frente até os minutos finais, até que os Giants foram comendo pelas beiradas e… TOUCHDOWN!!!!! Sem chance de virada com menos de 2 minutos pros Patriots tentarem uma virada. Amei!!!! Totalmente excelente! Zebra total e adoooorei, uhú!

 

Nos Estaduais, ta tudo de boa (pelo menos pra mim, hehehe) Em SP o meu São Paulo está na frente, uhú!!! Seguido pelo Palmeiras e em terceiro o Corinthians do chefinho, dono desta joça. Ai como to feliz!!!!! (ok, ok estamos na frente por saldo de gols, mas mesmo assim, estamos na frente, hehehehehe). Já no RJ o Resende está na frente, enquanto o Flamengo do nosso querido colunista Jo Mariano está em terceiro, tem como eu estar mais feliz esta final de semana? Kkkkkk.

 

Hj, sábadão, sim to escrevendo hj, pq só hj consegui entrar nesta joça ¬¬, aconteceu um bafão. Nunca vi tamanha imbecilidade, homens… O uruguaio Luis Suárez do Manhcester United que acabou de voltar de um gancho de 8 jogos porque foi acusado de racismo contra o francês Patrice Evra do Liverpool, simplesmente se recusou a cumprimentar o francês no início do jogo. O United venceu por 2 a 1, mas quem perdeu, mais uma vez, foi o bom senso.

 

Muito bem amores me despeço de vcs, um pouco menos brega, pois esta semana nos despedimos de um dos ícones do movimento brega nacional. Adeus Wando. O rei das calcinhas, o ídolo das domésticas. Rest in peace.

 

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Postado em: Papo de boleira Por: Binho


Sabe aquelas histórias que começam como apenas mais uma anedota interiorana e que no primeiro minuto já nos perguntamos quando irá acabar? Quando ouvi essa que irei vos contar não consegui pensar assim. A história é a vida de Joaquim Silva, Quinzil para os mais próximos.

 

Nascido numa pequena cidade do interior do Piauí, Joaquim Silva teve a infância sofrida da maioria das crianças nordestinas da década de 20 e 30. Filho de mãe costureira, nunca conheceu o pai que falecera pouco antes de seu nascimento e a figura masculina que teve ao longo da vida fora seu padrasto, Seu Ernesto, um bom homem, trabalhador, lhe ensinou a profissão de carpinteiro, mas costumava se exaltar na bebida e ficar um pouco agressivo. Embora Joaquim afirme nunca ter sofrido violência física de Ernesto, nem visto sua mãe passar pelo mesmo, sabe-se que os momentos de embriaguez de seu padrasto eram para ser esquecidos. Principalmente pelos maiores momentos de alegria da família que vinham sempre após vitórias do Botafogo carioca. Assim (por força da ocasião), a casa inteira era botafoguense declarada e fazia de tudo para que o rádio nunca parasse de funcionar.

 

Ernesto era alvi-negro roxo, daqueles que defendiam sua equipe até em bares inimigos, botafoguense ferrenho e costumava presentear seus enteados e filhos com sorvetes, bolas de gude e balas sempre que o Glorioso vencia. É difícil encontrar unanimidade de pensamentos num grupo de 12 irmãos, mas na família Silva uma coisa era unânime. Os anos mais felizes da vida desses nordestinos sem dúvidas foram a sequência de 1932 a 1935 quando o Botafogo foi campeão carioca por quatro vezes consecutivas. Segundo Joaquim sua coleção de gudes, na época, ocupara dois baús de madeira que ele mesmo fazia para venda, forma como ajudava no sustento da família.

 

No fim da década de 40 os Silvas vieram para o Rio de Janeiro na esperança de uma vida melhor. Joaquim, já com 21 anos maravilhou-se com a cidade maravilhosa, mas não fazia noção de que ali era a casa do tão querido Botafogo até ouvir numa conversa de padaria um cidadão dizer a um amigo que residia no bairro de Botafogo. Joaquim ficou louco com a associação e tão pronto pediu ao padrasto que o levasse ao seu querido Glorioso.

 

Ernesto também não dormia pensando na proximidade que estava de seu time, mas a falta de verba o impedia de levar 13 pessoas à visita, mas nada que um bom campeonato de sinuca não resolvesse. O já velho nordestino empunhou um taco, chegou a um bar e desafiou todos os cidadãos ali presentes que em caso de uma derrota apenas, ele daria tudo o que tinha no bolso, mas se vencesse todos queria 13 ingressos para o Botafogo e Vasco do domingo seguinte. Mal sabiam os desafiantes que Ernesto não trazia uma única moeda, mas como exímio jogador de sinuca que era tinha ciência do que estava fazendo. E ao fim da noite chega o homem em casa com um grande sorriso e gritando “Domingo tem Botafogo minha gente!”.

 

O dia mais feliz do ano demorou a chegar, a ansiedade tomava conta, os garotos pareciam pilhados e enfim pela primeira vez pisaram num estádio de futebol. Assistiram Botafogo e Vasco pela final do carioca de 1948 em General Severiano. Viram seu time ser campeão vencendo o apelidado Expresso da Vitória Vascaíno por 3 a 1 e Nilton Santos conquistar seu primeiro título.

 

O ano se passou, Joaquim se tornara o mais assíduo frequentador de estádio daquelas bandas, Ernesto já não era mais vivo, mas o ofício que ele o ensinara o ajudava agora a ganhar a vida. Fazendo placas, bonecos e escudos de time na madeira, Quinzil fazia dinheiro suficiente para comer, viver e ir ao estádio.

 

Mas algo faltava. Desde o início do Campeonato Brasileiro todos os cariocas já haviam vencido, menos o Botafogo de Quinzil. Aquilo não era admissível. Como o Botafogo, principal clube brasileiro na formação de seleções para as Copas poderia viver aquele momento? Não dava para acreditar.

 

No início do Nacional de 1995 Quinzil acreditava que agora poderia ser a vez. Já com 67 anos e um pouco debilitado, ele dizia aos quatro cantos que veria seu Glorioso campeão brasileiro no dia 17 de dezembro daquele ano (dia do jogo final), mas ele não contava com as presepadas da vida e voltando de uma viagem de carro acidentou-se gravemente e entrou em coma. Amigos, familiares, filhos, ninguém acreditava. Justo na melhor sequência em anos do Botafogo, Quinzil se acidentara. As economias eram poucas, senão o suficiente para pagar alguns meses na cara UTI de um hospital carioca.

 

O ano chegava ao fim, o dinheiro acabava, o coma era interminável e alguns já cogitavam a hipótese de desligar os aparelhos e evitar o sofrimento, mas um de seus irmãos deixou claro “Só desliguem após o Botafogo ser campeão. Ele tem que estar vivo nesse momento.” Todos concordaram.

 

17 de dezembro de 1995. O dia do polêmico Santos e Botafogo pela final do Brasileiro. A família de Joaquim estava reunida em frente à TV, afinal era isso que Quinzil faria. O jogo nem preciso comentar, sofrimento do início ao fim. Ao término da partida não dava para comemorar por muito tempo, era chegada a hora de ir ao hospital e por fim a dor de um grande trabalhador. A decisão era difícil, mas não havia nada que fazer.

 

Os médicos se dirigem ao lugar onde Joaquim estava, olham para a grande figura botafoguense naquela situação, dão um suspiro e caminham em direção ao aparelho. Quando ouvem um grito desesperado “E o Botafogo, é o campeão?”. A junta se estremeceu. “Responde, é ou não?”.

 

Ninguém acreditava. Como ele acordara, por quê, e como sabia a data? Muitas perguntas, um assombro e uma felicidade. Quinzil estava vivo e ainda teve tempo de reconhecer um dos médicos, companheiro de boemia para sacanear – o médico era flamenguista.

 

A família quase não acreditou, pensou ser piada ou espasmo do velho Quinzil, mas não. O cara estava vivo e muito vivo.

 

Dali Quinzil saiu, seguiu sua vida, comemorou horrores o campeonato vencido pelo Botafogo, tomou o maior porre do eixo Rio-Piauí, continuou carpinteiro e botafoguense. Hoje o velho já soma 84 anos bem vividos e diz ao mundo que deve a vida ao Botafogo. Na verdade existem três versões finais dessa história. A dos médicos, a dos familiares e a do Quinzil. Pra mim, bastou a versão do Quinzil.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

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