Tag: salvação

Sexta Sexxxy

 

Povo bandeiraduense e curiosos que foram jogados pelo Google nessa conexão Rio-Brasil com sede em São Paulo, a coluna é visivelmente esportiva e quem aqui escreve respira competições, independente do que esteja em jogo. Seja a brinca ou seja a vera. Mas hoje permitam-me usar a música para explicar o medo que tenho do que pode ocorrer com nosso futebol.

 

Não sei quanto a vocês, mas sou estilo velhaco conservador que vê nas mudanças oportunidades de pederastar todo e qualquer ambiente que até então vinha dando certo e quando citam tais modificações sob pretexto de ajudar o futebol… eu piro. O esporte bretão, desafogador-mor das dores brasucas desde que Charles Muller chegou com as boas novas é tão perfeito que qualquer alteração hoje cogitada soa como a mais terrível das blasfêmias. É o peso por questionar o inquestionável.

 

Mas tenho um outro motivo pelo qual vou contra essas mudanças esquisitonas. Sou carioca, brasileiro e como todos os nascidos nessa terra indígena sou amante da música. Acompanho as constantes mudanças e às vezes me pego arrancando meus crespos cabelos com tamanhas atrocidades por musicistas cometidas. De tanto querer mexer, mudar, reformar e infindavelmente transformar a arte de manifestar os diversos afetos da alma mediante ao som, o homem detonou estilos divinos. Vejam Restart e alguns sertanejos universitários…

 

Lembro-me quando meu pai, mineiro de coração e botafoguense por opção, se sentava no banco de seu velho carro com as portas abertas e me ensinava alguns acordes em sua velha viola ao som de Tonico e Tinoco, Milionário e Zé Rico… Era estranho, eu não curtia, mas sabia que a música era coisa de primeira, tanto que até depois de mortos muitos deles ainda são estudados e ensinados nas escolas de música. Acham que o Tonico não está negociando uma sova coletiva lá onde se encontra? Cara não consegue nem dormir. Kurt Cobain confecciona a mão sua guitarra pontiaguda que punirá Pe Lanza, Pe Lu, Pe lassaco e todos os Pes que resolverem continuar avacalhando o bom e velho rock’n roll de distorções sujas e vocal abafado. E se deixarem mexer no futebol, o Garricha também vai querer voltar.

 

Vejam esse tal de Fair play. Boiolagem nível Walkíria na night. Um jogador, ainda que rival, sabe reconhecer quando seu companheiro de trabalho está tendo um AVC, um infarto sem volta ou se seu fêmur saltou pela coxa. Quedinha, torção e ralar de joelho não são motivos pra jogar bola pra fora e parar o lance. Sou do tempo em que se podia dizer que “futebol é pra homem”. Qualquer tronco na moral que isole um infeliz raquítico linha lateral a fora já soa como um alarme fair play. VSF. Levanta e joga. Esporte nenhum existe isso. Só o futebol, ou melhor, justo no futebol vão querer emboiolar a situação? Espero que a galera mais afeminada que lê, me entenda que não sou homofóbico, longe disso. Quando falo emboiolar e coisas assim digo como um termo que sinônima de acabar, ferrar, tornar frágil e não como algo pejorativo a quem optou pelo 3º sexo. Amo lésbicas!

 

Mas retornando ao assunto. O que fazer? Esse lance de chip na bola é a primeira ponta rosa na bengala do Chacal. O futebol é mágico porque ele continua mesmo depois que acaba. O impedimento duvidoso, o gol mal anulado, a bola que não passou, é isso que alimenta nossa semana e nos fazer sobreviver à abstinência que dura cerca de uma semana. Acabar com isso será um soco no pâncreas. Assim não pode. Assim não dá.

 

Já pensaram que brochante, ao invés do indeciso (e nem por isso baixo) grito de gol quando a bola ficou ali na zona do vou/não vou, ouvirmos um apito fininho oriundo da bola e ecoando nos altos falantes? Levanto-me e vou embora. É sério. Encho a cara e só apareço no outro dia.

 

Por isso gente, vamos lutar. Nosso futebol não pode mudar. Senão vai acontecer igual fizeram com o clássico I Will Survive que no início era uma música pra quem nunca pensou em dar ré no quibe e hoje… Confiram aqui no fim do post e vejam o que podem fazer com sua diversão no fim de semana.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!

 

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

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