Sexta Sexxxy

Dois Toques

 

Kadu

 

Caramba, que saudade dessa casa paulista com cheiro de garoa e esse arzinho de poluição! Fazia tempos que não nos víamos por essa banda pra um papo maroto, gaiato, sem pretensão, descolado e sacana. Também pudera, minha vida anda uma baita correria e vocês não tem que me desculpar. A culpa é toda minha. Onde já se viu abandonar por quase dois meses esse lar garoante e ficar satisfazendo as vontades escravagistas de um chefe famélico endinheirado?

 

Sim, mereci levar umas boas porradas!

 

Mas nem só de serviços passei esses meses. Eu que dedico minha vida sempre prazerosamente laborosa e saborosa ao consumo de substâncias naturais – mais especificamente cevadas e derivados da cana de açúcar – fui traído por um dente maroto que Papai do Céu só mandou pra doer. Ao contrário de dente de pobre, nem pra comer torresmo essa inhaca serve.

 

Meu siso deu uma inflamada nervosa, infeccionou minha boca inteira, travou minha mandíbula, me deixou internado levando agulhadas feito uma velha no dermatologista e me deu um passaporte sem vergonha pro centro cirúrgico. Cirurgia essa que pretendo realizar hoje.

 

Provavelmente enquanto você lia esses quatro parágrafos eu estava à mercê de um homem de branco que fazia milagres em minha maravilhosa boca mulamba – sem piadinhas. Ficarei mais tempo sem poder comer torresmo, tomar cerveja, gritar Mengo, chamar o Felipão de burro nem assobiar praquela gatinha que passa aqui em frente de casa já esperando meu sincero elogio. Que fase!

 

Mas “há males que vem pra bem”, dizia o poeta. E por causa dessa maré bisonha fui obrigado a relaxar e refletir mais sobre a vida e seus porquês – relaxem, não entrei pra igreja. Mas conheci uns caras que fazem um som gospel de altíssima qualidade e que acreditei que vocês fossem gostar. Fala sério, tu realmente acha que vai ficar levando essa vida de cafetão italiano pra sempre?

 

Tem hora que é bom ser prevenido, tipo zagueiro lento. Na via das dúvidas, se posicione onde o atacante jamais possa te entortar. E hoje, minha zona de conforto é ficar de boa meditando no som dos caras. Eu sei que depois que eu me recuperar existe uma probabilidade animalesca de eu cagar pra tudo isso e fechar uma caixa de Brahma num barzinho aqui perto de casa onde a Bohêmia litrão gelada custa apenas R$4,50 (valeu Menininha*, tamo junto), mas até que minha recuperação seja completa é bom me apegar àquilo que geral diz que se apegou na hora do perrengue e deu certo.

 

Eu sei que se você freqüenta minha coluna tem 90% de chances de tu ser um macho-alfa barrigudo que grita é campeão com a boca cheia de farofa e a cara lotada de cachaça, mas até mesmo tu, ser repugnante, tem alguém na sua vida que leva a vida com um pouco mais de calma e essa pessoa pode sim curtir a vibe dos caras. E não custa nada dar uma moral emprestando um like pra página dos cidadãos né? Clica aqui logo e faça a vontade Senhor.

 

Pensem comigo: Os caras fazem músicas pra Deus. Nós estamos bem afastados de Deus. Deus deve ta boladão com a gente. Se a gente pedir uma porção de batata pro Homem, o cara salga só de sacanagem. A última vez que tu levou um papo com o Cara o Brasil devia ser tri. Vez ou outra ele saca tu pensando um monte de bobagem. Então se a gente curtir a página dos caras que vivem pra agradar o Homem que tudo vê, quem sabe lá de cima ele não dá uma moral, multiplica nossa verba, manda mais meninas pros nossos churrascos, reduz o preço da Brahma. Sei lá, eu não sei como isso funciona, mas por via das dúvidas, curtamos… Amém?

 

Dois Toques a gente sai na cara do gol.

 

*Menininha é a dona do barzinho que minha galera enche a bufa. Com a cerva a R$4,50 e a porção de torremos pela bacatela de 2 moedas de borda dourada, com 30 contos tu fica doido pagando de patrão. 50 conto tu fecha uma caixa e come torresmo. Tá pouco? Qualquer dia posto uma foto. E quando visitarem o interior do Rio de Janeiro venham à Barra do Piraí beber quase de graça. Um abraço aê pra galera do bar: Tauan, Ana Cristina, Marcinho, Menininha e os bêbados que sempre falam comigo, mas eu não sei o nome.

 

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Dois Toques

 

Garotos

Esses dias Paulo Autuori, técnico do Vasco, deu um declaração no mínimo interessante quanto ao fim do futebol de rua. Confiram: “O grande problema do futebol brasileiro foi o fim do futebol de rua. Ele proporcionava desenvolver a habilidade. Tinha calçada, você tinha que levantar bola, aprender a dominar. Você usava a parede para fazer tabela. Outra coisa que desenvolvia: jogos de rivalidade com as outras ruas. E o espírito? Você jogava três, quatro peladas com o dedo arrebentado, desenvolvia espírito de sacrifício. Mais: um jogo era de 12, então você era obrigado a fazer gol. Na pelada de rua, o papai não estava. Hoje, papai vai levar na escolinha. Enquanto o técnico fala uma coisa, ele diz outra. Nas academias, tem garoto de 6 a 12 anos fazendo preparação física. Garoto dessa idade não precisa disso, ele tem energia. Ele precisa é aprender o espírito do jogo, o que ele aprendia na rua.”

 

De fato a declaração do treinador, que eu jurava ser um ricaço almofadinha, faz total sentido. Uma verdade que todos temos a sensação que já deveria ter sido dita por alguém. A infância é, sem dúvidas, a fase onde nosso espírito se desenvolve. Um adulto nada mais que uma versão lapidada ou avolumada daquilo era quando criança. Quem consegue se esvair daquilo que fez enquanto moleque?

 

Lembro-me da minha infância maluca, feliz, onde até a sacanagem conseguia ser inocente. Recordo-me dos esconde-esconde nunca rejeitado sob o único pretexto de me esconder e ficar tirando uma casca da vizinha gostosinha, ou dos jogos de bola debaixo de chuva e com minha mãe gritando feito uma louca, jurando que eu ficaria resfriado, das primeiras brigas e distribuição de bicudas, fundamentais para o desenvolvimento e produção de testosterona em massa.

 

Recordo-me até mesmo do esquadrão de elite que formávamos para roubar maracujás e jabuticabas no sítio de um velho sovina, apegado às coisas materiais, que sempre nos recebia e despachava ao som do ronco de sua espingarda que cuspia sal grosso nas costas das criancinhas. Eram necessárias cerca de cinco blusas grossas de moletom para amenizar o impacto do sal com a pele. Num calor do Saara éramos obrigados a vestir nossa armadura de moletom. Os mais evoluídos iam no pelo mesmo, mas quem sentia a dor arrumava até capacete de motociclista para conseguir uma bolsa de jabuticaba. Era engraçado aquele monte de pivete equipado pra “brincar de Robin Hood”.

 

Gente, ser criança é um esporte. E quando vejo essa molecada toda internauta e não aproveitando nada da vida, me preocupo com os adultos que se tornarão. Talvez repitam aquele velhaco que na nossa infância rasgava nossas bolas, impedia que subíssemos nas árvores, dava tiro de sal grosso. Vítima de uma primeira-idade perdida.

 

Pra tudo na vida existe um momento e é demasiadamente nocivo pular fases. Existe uma hora até pra errar. Quando criança é a hora de cometer as maiores gafes, os maiores erros da vida. É uma época onde todo erro é considerado e tem caráter de aprendizado. Deixar pra fazer lambança depois de velho é complicado.

 

Hoje a informação te busca e o tempo de ser criança foi reduzido. Enquanto nós, aos oito anos, nos aventurávamos suando horrores e tendo colapsos de libido com as páginas de lingerie das revistas AVON, hoje os moleques já tem a iniciação, na prática.

 

Quanto tempo tu tinha que namorar a gatinha do colégio pra haurir o volume pré-torácico da supracitada? Tu tinha que bancar o Don Juan pra atingir esse estágio – e muitos nem assim conseguiam. Hoje, acredito que conseguir beijar na boca é o desafio. O processo de intimidade já é o inverso. Começa-se do fim.

 

E enquanto eu fico aqui escrevendo, você lendo e ambos recordando e sentindo falta da infância, tem um moleque sem um pelo sequer na cara marcando mini-orgias, invadindo facebook ou se alienando num jogo de computador com criaturas mágicas qualquer.

 

Meninos, meninas, voltem a ser criança, pratiquem esse esporte da vida, porque vocês terão tempo de sobra para essas práticas libidinosas. O tempo da sacanagem nunca acaba, já a infância sim.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano

Dois Toques

 

Camisa do Flamengo

 

No mundo cada mais vezes mais cheio de cifras do futebol é raro (principalmente pras bandas de cá) um fornecedor de material esportivo terminar seu contrato sem rusga. Se termina sem rusga, saiu no prejuízo, vazou pra não falir. Casos de términos amigáveis são tão incomuns que quando vistos assustam e causam desconfiança.

 

Felizmente nem tudo está perdido e existe quem fuja a regra. Olympikus e Flamengo conseguiram um divórcio amigável e exemplar quando constatado o namoro do clube rubronegro com a alemã Adidas. O Flamengo tentou ser maroto, insensível e ingrato, mas na humildade a OLK conseguiu prorrogar o casamento até pelo menos as crianças crescerem, a saber, maio, quando passa a vigorar o contrato com a Adidas.

 

A partir daí será a vez da milionário alemã mostrar a que veio, e se pensam que a vida da Adidas será fácil a frente do rubro-negro, se enganam. Pode até fazer um bom trabalho, bater o recorde de camisas vendidas da Oympikus – que conseguiu a bacatela de 1,1mi camisas vendidas em 150 dias -, mas o lucro esperado vai depender do bom senso da alemã com o gosto dos brasileiros, e ninguém mais Brasil que a torcida do Flamengo.

 

Brasilidade intrínseca essa que a OLK soube aproveitar com extrema destreza. A empresa brasileira vendeu de tudo. De camisas a abridores de garrafa. Isso mesmo, você podia encher a bufa se fazendo valer um abridor que quando utilizado tocava o hino. Vendeu canecas térmicas, camisas dos mais variados valores. Para se ter uma noção era possível ter um modelo de camisa oficial (adulto) do Flamengo a partir de R$29,90. Um fim de semana com dengue, economizando na cevada e na segunda a camisa do Mengão já era sua. A empresa da Vulcabrás mandou ver no que podemos chamar de “feira de marketing tuipiniquim”.

 

Em pensar que nem tudo se resumiu em flores. Amargou um déficit pavoroso – 2,3mi – com a prisão do goleiro Bruno, então suspeito no sumiço e possível morte da namorada Eliza Samúdio, viu o time ser eliminado bisonhamente na Libertadores de 2010 e passar o ano inteiro sem títulos e se livrando do rebaixamento apenas na penúltima rodada do nacional daquele ano, e ainda contou com a falta de ética da diretoria rubro-negra, isso no início desse ano, de deixar vazar o acordo com a Adidas, o que fez com que a torcida deixasse de comprar a camisa, afinal logo sairia de linha. Porém o ano de 2009 foi tão espetacular à fornecedora – que mordeu o mercado da Nike que já não mais se entendia com o clube – que a mesma encerrou o ano com 9,6mi de lucro, já descontados impostos e despesas com patrocínio. Isso fornecendo ao Flamengo 106 mil peças/ano, 5 vezes mais que a americana Nike.

 

Em 2011, por exemplo, mesmo time tendo faturado apenas o estadual, ido mal na Copa do Brasil e se classificando apenas para a pré-libertadores, a empresa Vulcabrás/Azaleia, dona dos direitos da Olimpikus no Brasil, conseguiu faturar, 2,9 mi, tirando o prejuízo do ano anterior.

 

E o torcedor flamenguista de fato tem motivo para estar tão agradecido à empresa que agora se despede com uma linda homenagem e uma camisa “eterna” sobrevivente a impactos, fogo e gelo, como pode ser visto num vídeo já disponibilizado na internet e que será doada ao museu do Flamengo. Empenhada em satisfazer seu mais ilustre cliente deu uma belíssima cartada com a retransmissão do jogo do Mundial no aniversário do título, em parceira com a Rádio Globo e a agência DM9Sul.

 

A Olympikus se vai – já iria, afinal deixou de patrocinar equipes de futebol encerrando esse departamento definitivamente -, mas deixa um legado muito maior que o lucro que obtivera. Com a constante europelização do futebol mundial, malgrado a saudade excruciante do futebol tupiniquim, fornecedores de materiais esportivos impulsionados pela profissionalização de diversos clubes nacionais poderão aproveitar o ganho e investir de fato em quem move essa paixão e não apenas nos habituais royalties já pagos aos clubes. Porque quem fez da Olympicus vencedora nesses quatro anos de contrato não foi o Hexacampeonato, não foi o Adriano, muito menos a diretoria. Quem isso fez foi o povão, que literalmente vestiu a camisa.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

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Dois Toques

 

Tapetão

 

O futebol é um esporte muito maneiro se respeitada a regra-mor de ganha quem faz mais em 90 minutos. Desrespeitar esse princípio básico tem caráter vital e contribuição direta para o descaso no mundo da bola bem como o apequenamento pra quem isso não pratica. E o tal ponto no Tapetão é semelhante a ser detonado no jogo de gude e recorrer a mãe para reaver as pelotas. Ridículo.

 

Nessa semana que passou o Flamengo tentou chorar no colo quente da justiça desportiva por conta de uns pontinhos perdidos por méritos próprios num jogo contra um pequeno no estadual mais charmoso e sem graça do Brasil. De fato, Deus deve ser rubro-negro, porque as chances de classificação do Mengo acabou sem que fosse preciso de apequenar dessa forma. Um clube de tradição (qualquer clube de tradição) deveria pensar dez vezes antes de fazer um papelão desse. Pega mal e gera piada.

 

Mas piada ainda maior foi um dirigente do Fluminense repudiar a atitude ridícula da diretoria do Flamengo. O mundo inteiro sabe que o Flu é recordista em limpar o traseiro no tapetão, que nada mais é que um enorme papel higiênico pra quem foi incapaz de higienizar os fundos no tempo regulamentar.

 

Truanesco esse lance de pontos no Tapetão e quem pensa em se valer de tamanha bizarrice infundada deve sim ser achincalhado e chicoteado nu em praça pública. Mas como um dirigente do Fluminense é capaz de repudiar o Tapetão se o tricolor carioca é casado com essa artimanha? Os caras de 1996 pra cá caíram, usaram o Tapetão pra descair, descaíram, mas caíram de novo. Caíram mais uma vez. Na Série C usaram o tapete grande para subir pra B e prejudicaram o coitado do São Raimundo alegando que os amazonenses utilizaram algum craque estratosférico capaz de anular seu dream team comandado por Roni e Magno Alves. Não satisfeitos usaram mais uma vez o tribunal do mal para o supletivo mais famoso que se tem notícia, o tapa na cara do abecedário reverso – De C pra A sem passar por B. Depois de um passado tão limpo, pergunto: Puxa Flu, depois de anos de casamento vai cuspir no prato que comeu?

 

Obviamente, o que o Fluminense fez ou deixou de fazer não minimiza o que o Flamengo faria ou o que o Palmeiras tentou fazer para tirar o toba da mira do Roco ano passado, mas impossibilita o dito cujo de se pronunciar. Uma coisa é você recair e fazer uma vez – é feio, mas só fez uma vez. Outra é você ser remanescente.

 

A única maneira de evitar esses fiascos é acabar com o Tapetão. Só permitir utilizá-lo em casos extremos. Senão esse desvio de caráter e auto-ofensa a honra sempre acontecerá. Fora que é muito cômodo jogar sabendo que em caso de suspeita de afanação é só recorrer ao limpador de orifícios do desporto-mor.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

 

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Jogador Gay

Falaí povão bandeiraduense, essa semana presenciei um debate bastante interessante, hipócrita e de pouca sapiência no tribunal de todos, vulgo facebook. Gays e héteros trocavam farpas coloridas e o termo viado e homofóbico ocupariam facilmente os TT’s se no twitter. Não opinei, apenas acompanhei e, como sabem, sou anti-hipocrisia. Comigo ou a Joana dá ou desce. Apertar peitinho é coisa de mastologista. Logo vieram-me altos pensamentos infrutíferos a mente e comecei a analisar campos que a nação homossexual em breve ganhará espaço. Quem não se conforma com a afetividade entre homens e mulheres de per si tem duas opções dignas: Morrer ou ir pro estádio.

 

Aí você se pergunta o porquê de ir ao estádio se for contra a homossexualidade. Ora, por mais que o movimento LGBT conquiste prestígios e igualdade de direito nas mais variadas esferas, nunca – mas nunca mesmo – conseguirão conviver pacificamente num estádio de futebol. Linchamento não haverá, afinal ninguém mais quebra lâmpada na cabeça de ninguém por causa disso, pois como disse o velho mestre de habitat montanhês “cada um dá o que quer e come o que quiser”, mas os assentos que circundam as arenas futebolísticas tem o poder de desomofobizar todo e qualquer ato homofóbico. E não estou sendo irônico, de fato, no estádio, toda e qualquer forma de segregação aos gays ganha anistia. Todos sabemos que do segundo zero ao minuto noventa todo jogador adversário, bem como dirigentes, árbitros, bandeiras e suas respectivas mães são cornos, viados, putas e toda sorte de nome cujo objetivo é expor as coisas como verdadeiramente são, já dizia Dercy.

 

Já imaginaram um jogador gay sendo obrigado a ouvir gritos de “viado” o jogo todo? Será que ele vai receber da mesma maneira que o zagueirão pereba que entregou o ouro, ou o meia do mal que isolou um pênalti? Não acredito. Logo todos os já acostumados na arte do xingamento seriam marcofelicianizados pela massa gay ensandecida e horrorizada.

 

Futebol é eclético e tirando gordo todos podem jogar. Mas não acredito ser uma boa ideia se assumir homossexual se sua profissão for a da pelota. É um terreno onde a escrotice é liberada e incentivada. E toda sorte de não relevamento e ausência de espírito esportivo é duramente punido sob gritos ainda mais altos daquela alcunha que tanto irritou num primeiro momento, podendo evoluir pra musiquinhas e, em casos extremos, coreografias dignas de um Psy.

 

Mas calma aí, antes que comece o ataque de pelanca já deixo claro que não sou homofóbico e até acredito que existam muitos gays nesse mundo da bola e que nós nem imaginamos. Aliás, tem um certo craque brasileiro que eu não irei me assustar se um dia ele resolver assumir que frequenta o lado alternativo da força. E caso aconteça será muito bom ao movimento da bandeira de arco-íris. Portanto, relaxem, porque ninguém aqui é contra homem, mulher ou homossexual. Eu odeio argentino, mas não tem nada a ver com a opção sexual dos caras. É algo intrínseco a minha brasileiridade, ainda que eles sejam “alternativos”.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

 

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